quarta-feira, 5 de setembro de 2012

Sobre flores, filmes e lágrimas sem fim

Foi há muito tempo.

Eu ainda trabalhava nas madrugadas, pesquisando para meus textos na revista, lendo fanfics e blogs como uma alucinada, como se o mundo fosse acabar no dia seguinte e eu não podia perder nem um segundo de meu tempo.

Foi em uma destas madrugadas insones que o e-mail chegou. Sucinto como ele sempre fazia comigo : "Lê aí. Beijo"

E eu li.

E não consegui fazer mais nada depois daqueles parágrafos e parágrafos que contavam a história de um garoto e uma flor.

Mas, muito mais do que uma história, eu senti toda a emoção que aquelas palavras passavam. Elas batiam direto no meu coração e eu chorei por horas seguidas depois de terminar a leitura.

Eu mal consegui mandar uma resposta coerente ou mesmo satisfatória para ele. O sentimento era profundo demais para converter em palavras e eu desisti de escrever qualquer coisa bonita depois de algumas tentativas frustradas.

Provavelmente, ele nunca soube o quanto Pétalas Urbanas tinha me tocado.

Ainda hoje, quando me lembro das palavras daquele conto, as lágrimas vem aos meus olhos, porque aquela emoção, aquele sentimento que eu nunca consegui definir, ainda está guardado dentro de mim. A sensação de que um conto fictício podia ser tão real.

Foi então que, anos depois, eu recebi novamente um e-mail dele. Sucinto, é claro : "Lê e me fala se gostou. Beijo"

Já acostumada a receber seus textos e contos, eu simplesmente abri o arquivo chamado The Flower Shop, escrito em forma de roteiro, em inglês.

E, já nos primeiros parágrafos, mesmo sendo um cenário diferente, meus olhos se encheram de lágrimas quando reconheci a emoção que Pétalas Urbanas havia me causado, anos antes.

Ele estava lá, o conto. Modificado pela necessidade de se criar um roteiro para uma escola de cinema norte americana mas era ele, ainda repleto de sentimento, com aquela força impressionante que me baqueou e quase me derrubou da cadeira.

E eu chorei todas as lágrimas novamente junto com Cesar e sua flor.

E só depois ele me contou que o "nosso" conto ia se tornar um curta metragem.

Eu vibrei e apoiei. E ajudei. E divulguei.

E sonhei junto com ele, Fábio Madrigal Barreto, que ainda está lutando para conseguir doações que permitam cobrir os custos da produção de um curta metragem.

Eu sei que a luta pelo pão de cada dia não está fácil.

Eu sei que existem no mundo centenas, milhares de pessoas que necessitam de ajuda e todos os dias, alguém faz uma nova solicitação para uma criança doente, para um animal abandonado, para um amigo que precisa de alguma coisa.

Mas eu também sei o quanto eu gostaria de ver este projeto se tornar realidade, simplesmente porque ele é bonito demais para ficar no papel.

E antes que alguém pense ou fale que este é um post publicitário, já aviso que sou da família e sou parcial e sou apaixonada por tudo o que meu cunhado escreve.

E é por isso que, a pedido dele, resolvi falar um pouco de como me sinto com relação à esta história linda.

Se você não conhece o projeto The Flower Shop, acesse : http://www.soshollywood.com.br/theflowershop/ , assista ao teaser trailer e descubra como ajudar a tornar um sonho, realidade.

Por que eu ainda acredito que coisas boas acontecem às pessoas boas.