terça-feira, 19 de outubro de 2010

Sobre Smallville e um jeito novo de ver os heróis

Atenção : Post em MODE TIETE : ON

Eu gostei de Smallville desde o primeiro episódio. Deixei de propósito todo o meu conhecimento anterior sobre o Super Homem e o universo dos quadrinhos de lado e curti esta nova leitura do homem de aço com a mente aberta.
Hoje vejo que fiz bem, muito bem em não me apegar à história original, afinal, Smallville tomou muitas liberdades com Clark Kent e sua vidinha de fazendeiro do Kansas.
Aliás, meninos do Kansas são deliciosos, vide os garotos Winchester que também são do Kansas.
Gostei da idéia de um pai para o Lex logo de cara. Talvez porque eu amasse o John Glover desde que ele interpretou o Diabo em Brimstone, o cara é sensacional e detonou como Lionel Luthor.

Lionel Luthor
Puro charme e maldade.
Odiei quando ele ficou bonzinho,
ainda bem que o mataram logo depois.

O Lex foi outro capítulo à parte, espetacular, adorei o Michael desde o primeiro instante e sofri muito vendo a gradual transformação do Lex em um cara sem moral e escrúpulos.

O Michael Rosembaum é tão fofo que foi duro odiar o Lex.

A Chloe foi, sem dúvida a melhor personagem que poderiam ter criado. Achei que estragaram um pouco a essência dela nas últimas temporadas mas continuo adorando a melhor amiga do Clark.

Chloe - amei e odiei em vários momentos.
Mas continuo achando que ela foi a melhor sacada dos produtores.

Eu sempre achei a Lana Lang uma bestinha chata e totalmente dispensável na série por isso, adorei quando enfiaram a Lois goela abaixo do público. Me diverti muito vendo os críticos e os xiitas estrebucharem de raiva pelo fato dela ter entrado na série. Sou fã da Lois e de todas as confusões que ela arruma.

Lois na série foi um ponto a mais no meu conceito.

Amei cada pequena homenagem que fizeram aos quadrinhos ainda que estivessem totalmente fora do contexto das HQs. A Liga foi a melhor, o episódio Justice me fez chorar com a cena dos heróis se afastando com as chamas por trás.

Justice.
Foi de arrepiar

E claro, a entrada no Arqueiro Verde no elenco só deixou a série ainda mais interessante. O Justin é uma graça e fica tão à vontade no personagem que dá gosto de ver, bom ator, ele consegue resistir a todas as tentativas dos roteiros de estragar o Arqueiro Verde.

Justin Hatley - Oliver Queen - Arqueiro Verde
E ele nem precisava ser tão bonito assim.

Eu cheguei a desanimar com a série na oitava temporadas. Assistia um episódio, perdia outro. Até que fiquei sabendo que o Michael Shanks ia participar como ninguém menos que Carter Hall da Sociedade da Justiça com direito a episódio de 2 horas de duração. Eu amo o Michael desde Stargate SG-1(depois conto como me apaixonei pelo Dr. Daniel Jackson) e não poderia perdê-lo justamente em Smallville. e Absolute Justice foi de arrepiar é claro. E eu babei tanto que nem me lembrava do roteiro quando o episódio terminou.

Sem comentários.





Justin e Michael, enchendo os olhos.

Absolute Justice. Absolute Bliss.

Mas o melhor mesmo da série é o Tom Welling. Mesmo com gente criticando a atuação dele desde o início, eu gosto dele como Clark, gosto do jeito humano dele, das falhas, do medo de voar, das dúvidas.
Quem acompanhou como eu, desde o início pôde ver Clark amadurecendo aos poucos, crescendo com os ensinamentos mais do que sábios de Jonathan e Martha Kent. Era gritante a diferença entre o tratamento recebido pelos pais entre Clark e Lex, ficava evidente a cada episódio que Lionel Luthor era o responsável pelo homem sem caráter que Lex se tornou enquanto Jonathan formava com amor, sabedoria e respeito aquele que será o protetor da Terra.
Acho que foi isso que me deixou apaixonada por Smallville, o amor que ele sente pelo planeta que o adotou e o respeito que ele tem pelo que seu pai lhe ensinou.
As mudanças na personalidade de Clark, as idas e vindas amorosas durante as temporadas, foram todas de alguma maneira muito bacanas de se ver, ainda que não estejam exatamente de acordo com o canon original das HQs.
A história da Supergirl foi ótima também e eu adorei a Laura no papel.

E que colírio para os rapazes!
Depois reclamam que a gente baba nos  meninos.
Não posso dizer que gostei de tudo, mesmo porque já disse que larguei a série na oitava temporada mas acho que, pesando tudo no final, os pontos positivos ganham de longe dos negativos, ao menos em minha opinião.
O conhecido aperto no peito já começou pois a décima será a última. Odeio acompanhar temporada final, a sensação de perda vai aumentando gradativamente e, de repente "puf"...tudo acaba.
Mas será inevitável e esta, eu não vou perder de jeito nenhum.
Depois, é só correr atrás dos DVDs e começar tudo de novo.

Tem gente que odiou.
Eu amei esse uniforme!



Ok, foi culpa dele eu me apaixonar pela série.
Mas quem não se apaixonaria?

quinta-feira, 7 de outubro de 2010

Sobre Flashforward (ou o que você faria se soubesse como vai morrer?)

Flashforward foi cancelada.

Uma grande pena porque o tema da série é muito interessante.

Pena porque existem pessoas que insistem em destruir e diminuir o trabalho dos outros. Pessoas que vivem para criticar e encontrar defeitos aos invés de procurar as coisas boas.

Eu adorei a série logo de cara. Tá, eu adorei o Joseph Fiennes logo de cara, admito. Mas o argumento da série me conquistou logo em seguida.

É interessante o modo como eles colocaram a questão de você saber o seu futuro e o quanto isso interfere em suas decisões no presente.
Foi assustador ver pessoas mudando suas atitudes por conta do que haviam visto em seus flashforwards.
E ver Mark praticamente enlouquecendo aos poucos, tentando desvendar o mistério por trás do evento foi muito triste.

No geral, a série se saiu muito bem, as situações foram se complicando e alguns mistérios foram apenas vislumbrados. E é relamente uma pena que o gancho que o último episódio deixou não terá uma continuação.

Alguns personagens no seriado, sabiam que estariam mortos no futuro porque não tiveram nenhuma visão nos dois minutos fatais e formaram um grupo suicida que se entregava às maiores loucuras, faziam coisas que não fariam jamais, arriscando suas vidas, considerando que não tem mais nada a perder.

Às vezes me pergunto o que eu faria se soubesse que, daqui há alguns meses estarei morta. Será que deixaria de ser como sou? Deixaria de me importar com as pessoas ao meu redor, de me preocupar em não magoar aqueles ao meu redor?

Acho que se conhecer o futuro fosse tão importante para nós, todos seríamos videntes. Não há nada melhor do que não ter idéia do que o dia de amanhã reserva para nós. Fico feliz em viver um dia de cada vez e vivê-lo plenamente, deixando claro o quanto amo as pessoas ao meu redor, o quanto amo minha vida, o quanto sou agradecida pelo que tenho.

Não consigo deixar a mágoa e o rancor dominarem meu coração porque sei que, amanhã posso não estar mais aqui e terei perdido a chance de viver um dia pleno, com meu coração cheio de alegria e amor. Mesmo quando estou muito triste, deprimida até, procuro forças dentro de mim para levantar a cabeça e agradecer a Deus por aquele dia, terrível sim, mas ainda assim, mais um dia vivido.

Felizmente, Flashforward é só mais uma ficção. Ficção das boas que, infelizmente foi cancelada por conta de interesses financeiros de gente que não sabe aproveitar o presente e, com certeza, não saberia o que fazer se conhecesse seu próprio futuro.

O elenco da série




Fala sério, é de tirar o fôlego.


terça-feira, 5 de outubro de 2010

Sobre Fringe e mistérios dignos de Arquivo X


Quando me falaram que Fringe era quase um remake de Arquivo X, meu queixo caiu.

Claro que as  duas séries tem muitas coisas em comum, roteiros que são, em minha opinião dignos de episódios de Arquivo X, personagens carismáticos que me emocionam, mistérios envolvendo situações bizarras, aberrações criadas pela mente doente do Dr. Bishop e muita ficção, bem do jeito que eu gosto. Tudo isso, me faz ficar pregada na frente da TV e aguardar tremendo de ansiedade o episódio seguinte.

Mas dizer que as séries são muito parecidas, com isso eu não concordo.

Fringe tem vida própria e sua trama já se desenvolveu o suficiente para garantir que muita coisa boa vai sair desta série.

Eu adoro o tema dos universos paralelos. As HQs já cansaram de matar e renascer os meus heróis queridos, tudo por culpa das Infinitas Terras, dos benditos universos paralelos.

Apesar da trama manjada como dizem por aí, eu adoro e não me canso dela. Infinitas probabilidades são excitantes. E ainda que Fringe se manteve, por enquanto em apenas um universo paralelo. Eu ficaria mais do que feliz se uma infinidade de Peters Bishop aparecessem andando por lá.

Se bem que, duas Olivias são o suficiente para mim. Eu não gostei da Anna Torv desde o primeiro episódio e continuo não gostando dela em cena.

Paradoxal e estranhamente, talvez até um caso para Mulder e Scully investigarem, eu gosto da Olivia. Acho a personagem tão cheia de mistérios e com grandes possibilidades na série que me descobri torcendo para que minha simpatia pela Torv aumentasse um pouquinho. Quem sabe, Fringe não consegue esta façanha nesta temporada que já estreou por lá? Vamos esperar para ver.

Quando ao Peter, eu nunca tive uma opinião formada a respeito do Joshua porque não acompanhei Dawson's Creek, não tinha interesse na série e nunca o vi atuando. Gostei do que vi. Não sei se o garoto melhorou ou piorou da época de adolescente mas a verdade é que ele está ótimo como Peter Bishop e conseguiu me emocionar muito nos últimos episódios da temporada passada.

Mas minha admiração de verdade vai mesmo para John Noble que está simplesmente espetacular como Walter Bishop. Suas crises de insanidade são, ao mesmo tempo hilárias e trágicas. A química entre ele e Joshua está perfeita. Muitas vezes em peguei enxugando lágrimas enquanto assistia as cenas entre Walter e Peter.

Peter: I want you to get some rest dad.
Walter: Dad... you just called me dad.
Peter: I guess I did "The Man from the Other Side"


É, definitivamente, Fringe não é Arquivo X embora mereça um destaque especial em minhas preferências porque há muito tempo eu sentia falta de  uma série cheia de mistérios e aberrações. Em Fringe, algumas das minhas frustrações com Arquivo X foram resolvidas. Olivia tem uma divisão inteira, ainda que secreta, que trabalha com ela. Seu chefe Broyles tem poder de decisão dentro do FBI e tem contatos realmente fortes. Olivia consegue falar sobre suas descobertas sem ser chamada de lunática além dela mesma ser uma das experiências malucas de Walter, coisa que eu a-do-rei.

E voltando ao Walter, porque ele merece, mesmo que Fringe não fosse tão boa como é, ainda assim, eu assistiria a série, por ele.

Walter: When you open your mind to the impossible, sometimes you find the truth. 

"Olivia. In the Lab. With a Revolver"


Para quem amou demais Arquivo X, Fringe vale a pena. Para quem nunca viu Mulder e Scully em ação, Fringe ainda assim, vale a pena. Não perca.