Eu não era muito jovem mas pouco me lembro desta primeira vez.
Lembro-me de olhar fascinada meu pai derramar três, apenas três gotinhas de um líquido espesso e transparente em seu copinho de café.
E quando ele me contou que aquelas gotinhas deixavam o café docinho como se houvesse açúcar nele, fiquei encantada com o milagre daquele produto que mais parecia um vidro de colírio gigante.
Não me lembro mais a marca daquele adoçante, mas me lembro do gosto horrível que ele tinha quando joguei uma boa quantidade dele em um copo de suco.
Eu e os adoçantes nunca fomos muito amigos. talvez por culpa desta primeira experiência, desagradável e que me deixou com gosto ruim na boca por várias horas.
A verdade é que já há algum tempo fui obrigada por força das circunstâncias (leia-se balança) a aderir aos benditos adoçantes e só consegui me acostumar a usá-los após a invenção do aspartame em pó.
Eu e os envelopinhos de pó chegamos a um acordo decente e menos desagradável.
E eu aprendi com a técnica de tentativa e erro, a medida certa de adoçante para cada líquido que eu bebo : café, café com leite, capuccino e suco.
Meus chás nunca levaram adoçante, nem açúcar. Chá se bebe puro para que o seu sabor seja realmente apreciado.
Com o tempo, aprendi que cada marca tem um poder diferente de adoçar e para cada uma, sei exatamente quantos envelopinhos usar.
Quanto aos adoçantes líquidos...bem, eu e as três gotinhas continuamos nos estranhando.
Quem sabe um dia.
Qual o sentido em escrever "nonsenses" se ninguém está lendo? Fique à vontade para ler e comentar mas lembre-se, isto aqui não é uma democracia, quem manda aqui sou eu.
quarta-feira, 28 de março de 2012
domingo, 25 de março de 2012
O MESTRE INESQUECÍVEL
Que você seja alegre, mesmo quando vier a chorar,
Que você seja sempre jovem, mesmo quando o tempo passar,
Que você tenha sempre esperança, mesmo quando o sol não nascer,
Que você ame os seus amigos, mesmo quando sofrer,
Que você jamais deixe de sonhar, mesmo quando vier a fracassar,
Que você não desista de caminhar, mesmo quando errar,
Ser feliz, não é ter uma vida perfeita,
É usar os erros para ser sábio e aprender a caminhar,
Ser feliz é agradecer a Deus pela vida,
Ser feliz é ouvir a sua voz dizendo : nunca desista.
sábado, 24 de março de 2012
O QUE É MARIDO?
Uma revista inglesa promoveu um concurso para premiar a melhor definição de "marido".
A frase ganhadora :
"Marido é aquela pessoa amiga e companheira, que está sempre ali, ao seu lado, para ajudá-la a resolver os grandes problemas que você não teria se fosse solteira".
sexta-feira, 23 de março de 2012
Esposa, secretária e amante. Não necessariamente nesta ordem.
Quando eu me casei, há 24 anos atrás, eu ainda estava na faculdade. Estudava o dia todo e, quando chegava no meu lindo apartamento novo, corria para arrumar a cama, colocar a roupa na máquina de lavar e queimar o jantar necessariamente nesta ordem.
Algumas noite eu conseguia arrumar a cama, manchar as roupas e queimar o jantar.
Logo eu e meu marido percebemos que eu sabia arrumar a cama muito bem.
Eu só aprendi a cozinhar sem o risco de colocar fogo na casa toda depois de 3 anos de casada.
E sendo casada com um homem tão complexo como o meu, não é fácil ser esposa. Normalmente, quando digo que ele é engenheiro as pessoas dizem "ahhhh, eu entendo".
Sim, porque engenheiros possuem um DNA diferenciado. Eles nascem e não choram, eles perguntam ao médico qual o prazo para o exame do pezinho ficar pronto e anotam na planilha, na coluna "previsto", bem ao lado da coluna "realizado".
Mas, depois de 24 anos juntos, eu me acostumei e até absorvi algumas das manias dele e ele...bem, ele precisou sobrepor o poder do DNA dele e se acostumar a viver com alguém que tem em sua planilhas as colunas "pode ser que eu faça" e "tanto faz se ficar pronto ou não".
É, ser esposa não é fácil.
&&&&&
Meu marido é o meu chefe na empresa.
Quando as gêmeas nasceram, meu sogro descobriu um câncer já em estágio avançado e faleceu 4 meses depois, deixando minha sogra e meu marido com uma empresa repleta de problemas para serem resolvidos e pouca experiência. Por motivos óbvios, comecei a trabalhar com eles e lá estou até hoje.
Eu costumo dizer que, ser mulher do patrão tem vantagens e desvantagens. A vantagem é que posso falar para todo mundo que eu durmo com o meu chefe.
Agora, imaginem aquele marido chato e metódico E ENGENHEIRO como seu chefe? Imaginou? Ok, triplique a parte do chato e metódico e quadruplique a do engenheiro.
Depois de 23 anos trabalhando com ele, aprendi a viver harmoniosamente com as colunas "para hoje" e "para ontem". E ele aprendeu a aceitar minhas colunas "vou fazer, não me encha mais o saco com isso" e "estou terminando, saia de perto da minha mesa".
Mas, principalmente, aprendemos que não se pode misturar nossa vida pessoal com nosso relacionamento na empresa.
Da porta de casa para fora, somos chefe e funcionária. E nada do que acontece durante o dia na empresa é discutido dentro de casa, lá, somos marido e esposa.
É, ser secretária também não é fácil.
&&&
Agora, ser amante...é muuuuito divertido ;)
Algumas noite eu conseguia arrumar a cama, manchar as roupas e queimar o jantar.
Logo eu e meu marido percebemos que eu sabia arrumar a cama muito bem.
Eu só aprendi a cozinhar sem o risco de colocar fogo na casa toda depois de 3 anos de casada.
E sendo casada com um homem tão complexo como o meu, não é fácil ser esposa. Normalmente, quando digo que ele é engenheiro as pessoas dizem "ahhhh, eu entendo".
Sim, porque engenheiros possuem um DNA diferenciado. Eles nascem e não choram, eles perguntam ao médico qual o prazo para o exame do pezinho ficar pronto e anotam na planilha, na coluna "previsto", bem ao lado da coluna "realizado".
Mas, depois de 24 anos juntos, eu me acostumei e até absorvi algumas das manias dele e ele...bem, ele precisou sobrepor o poder do DNA dele e se acostumar a viver com alguém que tem em sua planilhas as colunas "pode ser que eu faça" e "tanto faz se ficar pronto ou não".
É, ser esposa não é fácil.
&&&&&
Meu marido é o meu chefe na empresa.
Quando as gêmeas nasceram, meu sogro descobriu um câncer já em estágio avançado e faleceu 4 meses depois, deixando minha sogra e meu marido com uma empresa repleta de problemas para serem resolvidos e pouca experiência. Por motivos óbvios, comecei a trabalhar com eles e lá estou até hoje.
Eu costumo dizer que, ser mulher do patrão tem vantagens e desvantagens. A vantagem é que posso falar para todo mundo que eu durmo com o meu chefe.
Agora, imaginem aquele marido chato e metódico E ENGENHEIRO como seu chefe? Imaginou? Ok, triplique a parte do chato e metódico e quadruplique a do engenheiro.
Depois de 23 anos trabalhando com ele, aprendi a viver harmoniosamente com as colunas "para hoje" e "para ontem". E ele aprendeu a aceitar minhas colunas "vou fazer, não me encha mais o saco com isso" e "estou terminando, saia de perto da minha mesa".
Mas, principalmente, aprendemos que não se pode misturar nossa vida pessoal com nosso relacionamento na empresa.
Da porta de casa para fora, somos chefe e funcionária. E nada do que acontece durante o dia na empresa é discutido dentro de casa, lá, somos marido e esposa.
É, ser secretária também não é fácil.
&&&
Agora, ser amante...é muuuuito divertido ;)
quinta-feira, 22 de março de 2012
Pianos e pianos
Eu tinha um, meu marido tinha um.
Quando nos casamos, o meu ficou na casa da minha mãe e o dele na minha sogra afinal, apartamento pequeno não tinha lugar nem para um quanto mais para dois pianos.
Anos depois, meu pai se apertou e vendeu o piano, afinal, ninguém usava, ninguém se opôs e pronto, lá se foi meu piano embora. (E ninguém se opôs uma vírgula, eu fui contra mas ainda não tinha aonde enfiar o bendito piano e o comprador foi mais rápido do que eu).
Um ano depois, vacas gordas saindo pela janela, ganhei um piano do meu pai. Se foi remorso eu não sei, só sei que o piano Technics custou muito, mas muito mais do que o que eu tinha antes. E de quebra vinha com a orquestra inteira dentro dele. Muito bom, som perfeito, fidelidade a um piano mecânico quase perfeita. Quase, porque pianista clássico que se preza não pode achar que piano elétrico é melhor nem sob tortura.
Claro que o piano alemão do meu marido, uma antiguidade quase sem preço, estava mofando na casa da minha sogra, e ainda tinha um som muito mais bonito que qualquer outro que já escutei mas estava pintado de branco(eca) e meu marido se recusava a cogitar a possibilidade dele vir parar em nossa sala.
Mas estava lá, meu piano novo, lindo, maravilhoso...e elétrico. Cheio de chips e comandos, dessas coisas modernas que de uma hora para outra podem falhar. Tudo bem que Technics quase nunca dá problemas mas o quase é uma variável que, em 100% dos casos, acaba caindo na sua cabeça.
Conosco não foi diferente. O piano funcionou muito bem durante seis anos, depois, do nada, o som despareceu das caixas, só funcionava nos fones de ouvido. Começamos então a procurar alguém que pudesse consertar nosso piano e nada. Técnicos especializados naqueles potentes órgãos de igrejas, feras em conserto de eletrônicos, nada resolveu.
Detalhe, a Technics no Brasil não tem um filhadaputa de um lugar para atender este tipo de problema.
Até o Leo, aquele rapaz quietinho que está em todos os encontros do Conselho Jedi, que nunca fala nada mas que faz com que tudo o que tem fio, funcione, foi lá em casa. Em cinco minutos o piano estava no chão, literalmente, todinho desmontado e o Leo em volta dos circuitos, testando aqui e ali, fazendo coisas que nenhum dos supostos especialistas tinha sequer tentado. Ele encontrou o defeito e construiu do zero um amplificador novo mas o piano continuou quebrado.
Enquanto isso, o piano alemão E BRANCO foi parar na casa do meu irmão porque minha sogra se mudou para um apartamento novo e o piano BRANCO não combinava com a decoração dela :/
E ficou lá por mais alguns anos até que um dia ele me avisou que iria reformar a sala e eu teria que tirar o piano de lá.
E nesse meio tempo, descobrimos através de um amigo de um amigo de um conhecido do meu irmão que aquele piano BRANCO, já desafinado valia muito mais do que nós imaginávamos e que a pequena plaqueta de metal que tinha dentro dele nada mais era do que um número de catálogo e que o piano, fabricado em 1913 valia uma pequena fortuna.
Enquanto isso, o piano alemão E BRANCO foi parar na casa do meu irmão porque minha sogra se mudou para um apartamento novo e o piano BRANCO não combinava com a decoração dela :/
E ficou lá por mais alguns anos até que um dia ele me avisou que iria reformar a sala e eu teria que tirar o piano de lá.
E nesse meio tempo, descobrimos através de um amigo de um amigo de um conhecido do meu irmão que aquele piano BRANCO, já desafinado valia muito mais do que nós imaginávamos e que a pequena plaqueta de metal que tinha dentro dele nada mais era do que um número de catálogo e que o piano, fabricado em 1913 valia uma pequena fortuna.
Vale mas ninguém paga, principalmente porque ele está todo BRANCO,coberto por uma pátina horrível e mal feita.
No fim, ficou decidido que vamos pegar o piano de volta, mandar para a reforma para tirar aquela pátina nojenta dele e vamos colocá-lo no lugar aonde ele deveria ter ficado desde o princípio : na nossa sala.
No fim, ficou decidido que vamos pegar o piano de volta, mandar para a reforma para tirar aquela pátina nojenta dele e vamos colocá-lo no lugar aonde ele deveria ter ficado desde o princípio : na nossa sala.
quarta-feira, 21 de março de 2012
Retardado?!?!?
- Não chega perto, ele é retardado.
- Ele não é retardado, ele é meu tio e retardada é você.
Foi fácil para mim, aos 10 anos de idade virar as costas para minha suposta amiguinha e correr na direção do meu tio e abraçá-lo.
Estávamos no clube e eu tinha acabado de fazer amizade com algumas garotas e brincávamos na parte gramada quando uma delas apontou para o moço gordinho que estava sentado no muro a poucos passos de nós e pronunciou a frase que, desde muito pequena fazia o sangue subir à minha cabeça.
Eu sempre fui pacífica, sempre engoli sapos em nome da boa vizinhança, em nome da educação mas nunca aceitei calada que chamassem meu tio de retardado.
Eu, meus irmãos e meu primos crescemos encarando as limitações dele como algo perfeitamente normal. Para nós, uma criança especial, um deficiente físico, nunca foi motivo para olhares arregalados ou perguntas constrangedoras em voz alta. Estas pessoas eram, para nós, como meu tio, perfeitamente normais.
Titio sempre nos acompanhou em festas, viagens, passeios. Sempre alegre, sempre cercado de nosso amor e da certeza de que ele poderia fazer tudo o que quisesse em sua vida.
Nós, seus sobrinhos, sempre fomos tratados por ele com todo o carinho do mundo e meu tio foi uma das primeiras pessoas a segurar minhas filhas recém nascidas no colo.
Suas primeiras sobrinhas-netas.
E a emoção,o carinho e o amor que ele demonstrou quando teve uma das meninas em seus braços, poucas vezes pude perceber em qualquer outra pessoa.
O prognóstico de vida para pessoas especiais como ele é baixo.
Dizem que os mais fortes não passam dos 30 anos.
Titio já passou dos 60 anos, está velhinho, tomando remédios próprios para idosos. anda devagar e precisa de auxílio muitas vezes para seus cuidados básicos.
Mas o carinho com que ele fala "oh, minha sobrinha querida" e me beija, continua o mesmo de quando eu tinha 10 anos e ele ainda tinha forças para me segurar no colo.
Eu, certamente não tenho forças para segurá-lo em meu colo mas o tenho, em todos os momentos, em meu coração.
Downs são anjos enviados por Deus para fazer de cada um de nós, pessoas melhores.
Obrigada titio por existir e por fazer parte das lembranças mais bonitas de minha vida.
Amo você.
- Ele não é retardado, ele é meu tio e retardada é você.
Foi fácil para mim, aos 10 anos de idade virar as costas para minha suposta amiguinha e correr na direção do meu tio e abraçá-lo.
Estávamos no clube e eu tinha acabado de fazer amizade com algumas garotas e brincávamos na parte gramada quando uma delas apontou para o moço gordinho que estava sentado no muro a poucos passos de nós e pronunciou a frase que, desde muito pequena fazia o sangue subir à minha cabeça.
Eu sempre fui pacífica, sempre engoli sapos em nome da boa vizinhança, em nome da educação mas nunca aceitei calada que chamassem meu tio de retardado.
Eu, meus irmãos e meu primos crescemos encarando as limitações dele como algo perfeitamente normal. Para nós, uma criança especial, um deficiente físico, nunca foi motivo para olhares arregalados ou perguntas constrangedoras em voz alta. Estas pessoas eram, para nós, como meu tio, perfeitamente normais.
Titio sempre nos acompanhou em festas, viagens, passeios. Sempre alegre, sempre cercado de nosso amor e da certeza de que ele poderia fazer tudo o que quisesse em sua vida.
Nós, seus sobrinhos, sempre fomos tratados por ele com todo o carinho do mundo e meu tio foi uma das primeiras pessoas a segurar minhas filhas recém nascidas no colo.
Suas primeiras sobrinhas-netas.
E a emoção,o carinho e o amor que ele demonstrou quando teve uma das meninas em seus braços, poucas vezes pude perceber em qualquer outra pessoa.
O prognóstico de vida para pessoas especiais como ele é baixo.
Dizem que os mais fortes não passam dos 30 anos.
Titio já passou dos 60 anos, está velhinho, tomando remédios próprios para idosos. anda devagar e precisa de auxílio muitas vezes para seus cuidados básicos.
Mas o carinho com que ele fala "oh, minha sobrinha querida" e me beija, continua o mesmo de quando eu tinha 10 anos e ele ainda tinha forças para me segurar no colo.
Eu, certamente não tenho forças para segurá-lo em meu colo mas o tenho, em todos os momentos, em meu coração.
Downs são anjos enviados por Deus para fazer de cada um de nós, pessoas melhores.
Obrigada titio por existir e por fazer parte das lembranças mais bonitas de minha vida.
Amo você.
Eu e tio Wagner |
Marcadores:
amor,
Dia Internacional da Síndrome de Down,
Família,
lição de vida,
Pessoal
terça-feira, 20 de março de 2012
Chamando a polícia
O texto não é meu, recebi por e-mail há muitos anos atrás e encontrei por acaso perdido nos arquivos. Se alguém souber a autoria me avise que coloco aqui com prazer.
Aprenda a chamar a polícia
Eu tenho o sono muito leve, e numa noite dessas notei que havia alguém andando sorrateiramente no quintal de casa.
Levantei em silêncio e fiquei acompanhando os leves ruídos que vinham lá de fora, até ver uma silhueta passando pela janela do banheiro. Como minha casa é muito segura, com grades nas janelas e trancas internas nas portas, não fiquei muito preocupado mas é claro que eu não ia deixar um ladrão ali, espiando tranqüilamente.
Liguei baixinho para a polícia informei a situação e o meu endereço.
Perguntaram-me se o ladrão estava armado ou se já estava no interior da casa. Esclareci que não e disseram-me que não havia nenhuma viatura por perto para ajudar, mas que iriam mandar alguém assim que fosse possível.
Um minuto depois liguei de novo e disse com a voz calma:
- Olá, eu liguei há pouco porque tinha alguém no meu quintal. Não precisa mais ter pressa. Eu já matei o ladrão com um tiro da escopeta calibre 12, que tenho guardada em casa para estas situações. Putz cara, o tiro fez um estrago danado no cara!
Passados menos de três minutos, estavam na minha rua cinco carros da polícia, um helicóptero, uma unidade do resgate , uma equipe de TV e turma dos direitos humanos, que não perderiam isso por nada neste mundo.
Eles prenderam o ladrão em flagrante, que ficava olhando tudo com cara de assombrado. Talvez ele estivesse pensando que aquela era a casa do Comandante da Polícia.
No meio do tumulto, um tenente se aproximou de mim e disse:
-Pensei que tivesse dito que tinha matado o ladrão.
Eu respondi:
- Pensei que tivesse dito que não havia ninguém disponível.
Eu tenho o sono muito leve, e numa noite dessas notei que havia alguém andando sorrateiramente no quintal de casa.
Levantei em silêncio e fiquei acompanhando os leves ruídos que vinham lá de fora, até ver uma silhueta passando pela janela do banheiro. Como minha casa é muito segura, com grades nas janelas e trancas internas nas portas, não fiquei muito preocupado mas é claro que eu não ia deixar um ladrão ali, espiando tranqüilamente.
Liguei baixinho para a polícia informei a situação e o meu endereço.
Perguntaram-me se o ladrão estava armado ou se já estava no interior da casa. Esclareci que não e disseram-me que não havia nenhuma viatura por perto para ajudar, mas que iriam mandar alguém assim que fosse possível.
Um minuto depois liguei de novo e disse com a voz calma:
- Olá, eu liguei há pouco porque tinha alguém no meu quintal. Não precisa mais ter pressa. Eu já matei o ladrão com um tiro da escopeta calibre 12, que tenho guardada em casa para estas situações. Putz cara, o tiro fez um estrago danado no cara!
Passados menos de três minutos, estavam na minha rua cinco carros da polícia, um helicóptero, uma unidade do resgate , uma equipe de TV e turma dos direitos humanos, que não perderiam isso por nada neste mundo.
Eles prenderam o ladrão em flagrante, que ficava olhando tudo com cara de assombrado. Talvez ele estivesse pensando que aquela era a casa do Comandante da Polícia.
No meio do tumulto, um tenente se aproximou de mim e disse:
-Pensei que tivesse dito que tinha matado o ladrão.
Eu respondi:
- Pensei que tivesse dito que não havia ninguém disponível.
segunda-feira, 19 de março de 2012
As maravilhas da maternidade
Eu adoro crianças.
Sempre fui maluca por elas e, quando mais jovem, tinha o doce sonho de ter pelo menos 5 filhos.
A realidade nua e crua se abateu sobre mim quando as gêmeas nasceram e eu descobri que lindos bebês fofinhos davam mais trabalho do que carregar caixas o dia todo no porto de Santos.
A maternidade traz muitas alegrias, traz amadurecimento e também traz muitas dúvidas.
Eu sempre tive certeza de como criaria meus filhos quando os tivesse. Sabia exatamente o que aproveitar e o que descartar do exemplo que tinha dentro da minha família. Felizmente, eu tinha muito mais bons exemplos do que maus para me basear.
Mas novamente a realidade foi bem diferente do que eu tinha planejado. As gêmeas tinham temperamento completamente diferente uma da outra e eu precisei aprender como conversar e lidar com cada uma delas independente da outra.
Eu agia muito mais por instinto e por inspiração divina porque, olhando para aqueles dias, não vejo como eu poderia encontrar forças para passar por algumas situações sem a ajuda de Deus.
E durante anos, escutei de pessoas muito próximas a mim que eu não era uma boa mãe. Que eu não sabia cuidar das minhas filhas, que eu não criava minhas filhas do jeito certo.
E em algumas (poucas) ocasiões, cheguei a pensar se estas pessoas não tinham razão, se eu não estava errando imensamente na criação de minhas meninas. Felizmente, eu afastei depressa estas dúvidas e continuei a cuidar delas da maneira que eu achava correto.
Ensinei a elas meus valores, minhas convicções e também o que os outros pensavam e faziam e dei a elas a oportunidade de escolher o caminho que elas achavam correto. E sim, muitas vezes impus minhas vontades e minhas idéias porque sabia que, quando elas tivessem idade para entender minhas motivações, mesmo que ainda não concordassem comigo, saberiam compreender meus motivos.
Hoje elas são adultas e, olhando para trás, eu vejo que sim, talvez pelos olhos de pessoas que estavam de fora, eu provavelmente não era mesmo uma boa mãe.
Mas, olhando para elas, para as mulheres incríveis que minhas meninas se tornaram, sinto meu coração se encher de alegria e de gratidão a Deus por guiar meus instintos maternos para a direção certa.
Algumas das pessoas que me criticavam vivenciaram por si mesmas as dificuldade de se criar um filho. Eu não sei se elas se lembram do que falavam de mim, do que falavam para mim. Só sei que eu nunca joguei na cara de ninguém que eu, no fim das contas, fui uma boa mãe.
Os elogios, o carinho, o respeito e o amor que todos têm pelas minhas meninas são suficientes para mim. Enchem minha vida de alegria e me fazem ter certeza de que sim, eu sabia o que estava fazendo.
domingo, 18 de março de 2012
Deus é como açúcar
“Um certo dia, a professora querendo saber se todos tinham estudado a lição, perguntou as crianças quem saberia explicar quem é Deus? Uma das crianças levantou o braço e disse”:
- Deus é o nosso Pai, Ele fez a terra, o mar e tudo que está nela; nos fez como filhos dele. A professora, querendo buscar mais respostas, foi mais longe:
- Como vocês sabem que Deus existe, se nunca O viu? A sala ficou toda em silêncio...
João, um menino muito tímido, levantou as mãozinhas e disse:
- A minha mãe me disse que Deus é como o açúcar no meu leite que ela faz todas as manhãs, eu não vejo o açúcar que está dentro da caneca no meio do leite, mas se ela tira, fica sem sabor.
Deus existe, e está sempre no meio de nós, só que não O vemos, mas se Ele sair de perto, nossa vida fica...sem sabor.
A professora sorriu, e disse:
- Muito bem João, eu ensinei muitas coisas a vocês, mas você me ensinou
algo mais profundo que tudo o que eu já sabia. Eu agora sei que Deus é o
nosso açúcar e que está todos os dias adoçando a nossa vida!
Deu-lhe um beijo e saiu surpresa com a resposta daquela criança."
A sabedoria não está no conhecimento, mas na vivência de DEUS em nossas vidas, pois teorias existem muitas, mas doçura como a de DEUS não existe ainda, nem mesmo nos melhores açúcares...
Boa semana e não esqueça de buscar mais "AÇÚCAR" para a sua vida.
sábado, 17 de março de 2012
Só mais 5 minutos
No parque, uma mulher sentou-se ao lado de um homem.
Ela disse:
- Aquele ali é meu filho, o de suéter vermelho deslizando no escorregador.
- Um bonito garoto - respondeu o homem. E completou:
- Aquela de vestido branco, pedalando a bicicleta, é minha filha.
Então, olhando o relógio, o homem chamou a sua filha.
- Melissa, o que você acha de irmos?
- Mais cinco minutos, pai. Por favor. Só mais cinco minutos!
O homem concordou e Melissa continuou pedalando sua bicicleta, para alegria de seu coração.
Os minutos se passaram, o pai levantou-se e novamente chamou sua filha:
- Hora de irmos, agora?
Mas, outra vez Melissa pediu:
- Mais cinco minutos, pai. Só mais cinco minutos!
O homem sorriu e disse:
- Está certo!
- O senhor é certamente um pai muito paciente - comentou a mulher ao seu lado.
O homem sorriu e disse:
- O irmão mais velho de Melissa foi morto no ano passado por um motorista bêbado, quando montava sua bicicleta perto daqui.
Eu nunca passei muito tempo com meu filho e agora eu daria qualquer coisa por apenas mais cinco minutos com ele.
Eu me prometi não cometer o mesmo erro com Melissa.
Ela acha que tem mais cinco minutos para andar de bicicleta.
Na verdade, eu é que tenho mais cinco minutos para vê-lá brincar...
Ela disse:
- Aquele ali é meu filho, o de suéter vermelho deslizando no escorregador.
- Um bonito garoto - respondeu o homem. E completou:
- Aquela de vestido branco, pedalando a bicicleta, é minha filha.
Então, olhando o relógio, o homem chamou a sua filha.
- Melissa, o que você acha de irmos?
- Mais cinco minutos, pai. Por favor. Só mais cinco minutos!
O homem concordou e Melissa continuou pedalando sua bicicleta, para alegria de seu coração.
Os minutos se passaram, o pai levantou-se e novamente chamou sua filha:
- Hora de irmos, agora?
Mas, outra vez Melissa pediu:
- Mais cinco minutos, pai. Só mais cinco minutos!
O homem sorriu e disse:
- Está certo!
- O senhor é certamente um pai muito paciente - comentou a mulher ao seu lado.
O homem sorriu e disse:
- O irmão mais velho de Melissa foi morto no ano passado por um motorista bêbado, quando montava sua bicicleta perto daqui.
Eu nunca passei muito tempo com meu filho e agora eu daria qualquer coisa por apenas mais cinco minutos com ele.
Eu me prometi não cometer o mesmo erro com Melissa.
Ela acha que tem mais cinco minutos para andar de bicicleta.
Na verdade, eu é que tenho mais cinco minutos para vê-lá brincar...
Em tudo na vida estabelecemos prioridades.
Quais são as suas?
Lembre-se: nem tudo o que importante é prioritário, e nem tudo o que é necessário é indispensável!
Dê, hoje, a alguém que você ama mais cinco minutos de seu tempo.
Quais são as suas?
Lembre-se: nem tudo o que importante é prioritário, e nem tudo o que é necessário é indispensável!
Dê, hoje, a alguém que você ama mais cinco minutos de seu tempo.
sexta-feira, 16 de março de 2012
É assustador como um texto escrito há tantos anos pode ser tão atual.
Assustador e triste.
Sinto vergonha de mim
por ter sido educador de parte desse povo,
por ter batalhado sempre pela justiça,
por compactuar com a honestidade,
por primar pela verdade
e por ver este povo já chamado varonil
enveredar pelo caminho da desonra.
Sinto vergonha de mim
por ter feito parte de uma era
que lutou pela democracia,
pela liberdade de ser
e ter que entregar aos meus filhos,
simples e abominavelmente,
a derrota das virtudes pelos vícios,
a ausência da sensatez
no julgamento da verdade,
a negligência com a família,
célula-mater da sociedade,
a demasiada preocupação
com o "eu" feliz a qualquer custo,
buscando a tal "felicidade"
em caminhos eivados de desrespeito
para com o seu próximo.
por ter sido educador de parte desse povo,
por ter batalhado sempre pela justiça,
por compactuar com a honestidade,
por primar pela verdade
e por ver este povo já chamado varonil
enveredar pelo caminho da desonra.
Sinto vergonha de mim
por ter feito parte de uma era
que lutou pela democracia,
pela liberdade de ser
e ter que entregar aos meus filhos,
simples e abominavelmente,
a derrota das virtudes pelos vícios,
a ausência da sensatez
no julgamento da verdade,
a negligência com a família,
célula-mater da sociedade,
a demasiada preocupação
com o "eu" feliz a qualquer custo,
buscando a tal "felicidade"
em caminhos eivados de desrespeito
para com o seu próximo.
Tenho vergonha de mim
pela passividade em ouvir,
sem despejar meu verbo,
a tantas desculpas ditadas
pelo orgulho e vaidade,
a tanta falta de humildade
para reconhecer um erro cometido,
a tantos "floreios" para justificar
atos criminosos,
a tanta relutância
em esquecer a antiga posição
de sempre "contestar",
voltar atrás
e mudar o futuro.
Tenho vergonha de mim
pois faço parte de um povo que não reconheço,
enveredando por caminhos
que não quero percorrer...
Tenho vergonha da minha impotência,
da minha falta de garra,
das minhas desilusões
e do meu cansaço.
Não tenho para onde ir
pois amo este meu chão,
vibro ao ouvir meu Hino
e jamais usei a minha Bandeira
para enxugar o meu suor
ou enrolar meu corpo
na pecaminosa manifestação de nacionalidade.
Ao lado da vergonha de mim,
tenho tanta pena de ti,
povo brasileiro!
(Rui Barbosa)
pela passividade em ouvir,
sem despejar meu verbo,
a tantas desculpas ditadas
pelo orgulho e vaidade,
a tanta falta de humildade
para reconhecer um erro cometido,
a tantos "floreios" para justificar
atos criminosos,
a tanta relutância
em esquecer a antiga posição
de sempre "contestar",
voltar atrás
e mudar o futuro.
Tenho vergonha de mim
pois faço parte de um povo que não reconheço,
enveredando por caminhos
que não quero percorrer...
Tenho vergonha da minha impotência,
da minha falta de garra,
das minhas desilusões
e do meu cansaço.
Não tenho para onde ir
pois amo este meu chão,
vibro ao ouvir meu Hino
e jamais usei a minha Bandeira
para enxugar o meu suor
ou enrolar meu corpo
na pecaminosa manifestação de nacionalidade.
Ao lado da vergonha de mim,
tenho tanta pena de ti,
povo brasileiro!
(Rui Barbosa)
quinta-feira, 15 de março de 2012
Vingança se come?
Diz o ditado que Vingança é um prato para se comer frio.
Quando pequena, escutei essa frase não sei aonde e passei dias me perguntando se a tal vingança era doce ou salgada. Foi por pouco que não pedi para minha avó fazer um pouco de vingança para mim.
E não me lembro de ter feito a pergunta para nenhum adulto portanto, suponho que descobri sozinha o que era a tal vingança. Também não me lembro de quando esta descoberta foi feita.
Depois de adulta, foram poucas, muito poucas mesmo, as vezes em que senti vontade de me vingar de alguém ou de alguma afronta sofrida. Senti vontade mas nunca cheguei às vias de fato, nunca tive coração para articular uma vingança contra outra pessoa, por mais raiva que estivesse sentindo.
Não gosto de guardar mágoa, faz mal ao coração, faz mal ao corpo, me faz mal. Minhas mágoas eu amasso, jogo no lixo e vou para longe, sem olhar para trás, sem pensar nelas duas vezes.
Todos os dias, peço a Deus que abençoe àqueles que amo, peço a Ele que abençoe àqueles que me amam e também peço a ele que abençoe àqueles que acreditam me odiar.
Eu sei que cada pessoa tem o seu jeito, tem o seu pensamento e respeito quem não concorda com o meu modo de pensar. Mas não consigo evitar ter pena de quem não consegue acordar e agradecer simplesmente porque acordou, independente de todos os problemas que estão esperando da porta do quarto para fora, fico triste por aqueles que guardam mágoas por anos a fio, desejando o pior para seus desafetos e muitas vezes impedindo a si próprios de seguir suas vidas em paz.
Descobri há muito tempo que ser feliz incomoda e existem pessoas que fazem de tudo para destruir o sorriso daqueles que sabem sorrir com o coração.
Já tentaram destruir meus sorrisos, minha alegria de viver vezes sem conta.Nunca funcionou, simplesmente porque eu sou feliz de verdade, não finjo, não engano, não falseio o carinho que tenho por todos aqueles que estão à minha volta.
Sou grata pela minha família perfeita, pelos amigos maravilhosos, pelos conhecidos que revejo de quando em quando, pelos que passam por mim apenas uma vez na vida e nunca mais me vêem. Porque todos eles, de uma forma ou de outra, acrescentam um pouco de luz, de sabedoria, de alegria em minha vida.
E a vingança contra aqueles que me fizeram ou fazem mal, eu deixo por conta da Justiça de Deus.
Não gosto de comida fria.
quarta-feira, 14 de março de 2012
MULHER
Esse texto é velho, não sei a autoria, muita gente conhece mas poucas aplicam a lição.
Eu já coloquei meu chapéu roxo faz tempo, graças a Deus!
Recomendo a todas colocarem os seus.
- Aos 3 anos ela olha pra si mesma e vê uma rainha.
- Aos 8 anos ela olha pra si mesma e vê Cinderela.
- Aos 15 anos ela olha pra si mesma,vê uma bruxa e diz: "mãe, eu não posso ir pra escola desse jeito!!!"
- Aos 20 anos ela olha pra si mesma e se vê "muito gorda/muito magra, muito alta/muito baixa, com cabelo muito liso/muito encaracolado", mas decide que vai sair assim mesmo...
- Aos 30 anos ela olha pra si mesma e se vê "muito gorda/muito magra, muito alta/muito baixa, com cabelo muito liso/muito encaracolado", mas decide que agora não há tempo para consertar essas coisas. Então, sai assim mesmo..
- Aos 40 anos ela olha pra si mesma e se vê "muito gorda/muito magra, muito alta/muito baixa, com cabelo muito liso/muito encaracolado", mas diz:"sou uma boa pessoa" e sai mesmo assim...
- Aos 50 anos ela olha pra si mesma e se vê como é. Sai e vai para onde ela bem entender...
- Aos 60 anos ela olha pra si mesma e se lembra de todas pessoas que não podem mais se olhar no espelho. Sai de casa e conquista o mundo...
- Aos 70 anos ela olha pra si mesma e vê sabedoria, risos, habilidades... sai para o mundo e aproveita a vida...
- Aos 80 anos ela não se importa muito em olhar pra si mesma. Simplesmente põe um chapéu roxo e vai se divertir com a vida...
- Talvez devêssemos pôr o chapéu roxo mais cedo...
- Aos 8 anos ela olha pra si mesma e vê Cinderela.
- Aos 15 anos ela olha pra si mesma,vê uma bruxa e diz: "mãe, eu não posso ir pra escola desse jeito!!!"
- Aos 20 anos ela olha pra si mesma e se vê "muito gorda/muito magra, muito alta/muito baixa, com cabelo muito liso/muito encaracolado", mas decide que vai sair assim mesmo...
- Aos 30 anos ela olha pra si mesma e se vê "muito gorda/muito magra, muito alta/muito baixa, com cabelo muito liso/muito encaracolado", mas decide que agora não há tempo para consertar essas coisas. Então, sai assim mesmo..
- Aos 40 anos ela olha pra si mesma e se vê "muito gorda/muito magra, muito alta/muito baixa, com cabelo muito liso/muito encaracolado", mas diz:"sou uma boa pessoa" e sai mesmo assim...
- Aos 50 anos ela olha pra si mesma e se vê como é. Sai e vai para onde ela bem entender...
- Aos 60 anos ela olha pra si mesma e se lembra de todas pessoas que não podem mais se olhar no espelho. Sai de casa e conquista o mundo...
- Aos 70 anos ela olha pra si mesma e vê sabedoria, risos, habilidades... sai para o mundo e aproveita a vida...
- Aos 80 anos ela não se importa muito em olhar pra si mesma. Simplesmente põe um chapéu roxo e vai se divertir com a vida...
- Talvez devêssemos pôr o chapéu roxo mais cedo...
Assinar:
Postagens (Atom)