segunda-feira, 19 de março de 2012

As maravilhas da maternidade


Eu adoro crianças.


Sempre fui maluca por elas e, quando mais jovem, tinha o doce sonho de ter pelo menos 5 filhos.


A realidade nua e crua se abateu sobre mim quando as gêmeas nasceram e eu descobri que lindos bebês fofinhos davam mais trabalho do que carregar caixas o dia todo no porto de Santos.


A maternidade traz muitas alegrias, traz amadurecimento e também traz muitas dúvidas.


Eu sempre tive certeza de como criaria meus filhos quando os tivesse. Sabia exatamente o que aproveitar e o que descartar do exemplo que tinha dentro da minha família. Felizmente, eu tinha muito mais bons exemplos do que maus para me basear.


Mas novamente a realidade foi  bem diferente do que eu tinha planejado. As gêmeas tinham temperamento completamente diferente uma da outra e eu precisei aprender como conversar e lidar com cada uma delas independente da outra.


Eu agia muito mais por instinto e por inspiração divina porque, olhando para aqueles dias, não vejo como eu poderia encontrar forças para passar por algumas situações sem a ajuda de Deus.


E durante anos, escutei de pessoas muito próximas a mim que eu não era uma boa mãe. Que eu não sabia cuidar das minhas filhas, que eu não criava minhas filhas do jeito certo.


E em algumas (poucas) ocasiões, cheguei a pensar se estas pessoas não tinham razão, se eu não estava errando imensamente na criação de minhas meninas. Felizmente, eu afastei depressa estas dúvidas e continuei a cuidar delas da maneira que eu achava correto.


Ensinei a elas meus valores, minhas convicções e também o que os outros pensavam e faziam e dei a elas a oportunidade de escolher o caminho que elas achavam correto. E sim, muitas vezes impus minhas vontades e minhas idéias porque sabia que, quando elas tivessem idade para entender minhas motivações, mesmo que ainda não concordassem comigo, saberiam compreender meus motivos.


Hoje elas são adultas e, olhando para trás, eu vejo que sim, talvez pelos olhos de pessoas que estavam de fora, eu provavelmente não era mesmo uma boa mãe.


Mas, olhando para elas, para as mulheres incríveis que minhas meninas se tornaram, sinto meu coração se encher de alegria e de gratidão a Deus por guiar meus instintos maternos para a direção certa.


Algumas das pessoas que me criticavam vivenciaram por si mesmas as dificuldade de se criar um filho. Eu não sei se elas se lembram do que falavam de mim, do que falavam para mim. Só sei que eu nunca joguei na cara de ninguém que eu, no fim das contas, fui uma boa mãe.


Os elogios, o carinho, o respeito e o amor que todos têm pelas minhas meninas são suficientes para mim. Enchem minha vida de alegria e me fazem ter certeza de que sim, eu sabia o que estava fazendo.



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