Eu não era muito jovem mas pouco me lembro desta primeira vez.
Lembro-me de olhar fascinada meu pai derramar três, apenas três gotinhas de um líquido espesso e transparente em seu copinho de café.
E quando ele me contou que aquelas gotinhas deixavam o café docinho como se houvesse açúcar nele, fiquei encantada com o milagre daquele produto que mais parecia um vidro de colírio gigante.
Não me lembro mais a marca daquele adoçante, mas me lembro do gosto horrível que ele tinha quando joguei uma boa quantidade dele em um copo de suco.
Eu e os adoçantes nunca fomos muito amigos. talvez por culpa desta primeira experiência, desagradável e que me deixou com gosto ruim na boca por várias horas.
A verdade é que já há algum tempo fui obrigada por força das circunstâncias (leia-se balança) a aderir aos benditos adoçantes e só consegui me acostumar a usá-los após a invenção do aspartame em pó.
Eu e os envelopinhos de pó chegamos a um acordo decente e menos desagradável.
E eu aprendi com a técnica de tentativa e erro, a medida certa de adoçante para cada líquido que eu bebo : café, café com leite, capuccino e suco.
Meus chás nunca levaram adoçante, nem açúcar. Chá se bebe puro para que o seu sabor seja realmente apreciado.
Com o tempo, aprendi que cada marca tem um poder diferente de adoçar e para cada uma, sei exatamente quantos envelopinhos usar.
Quanto aos adoçantes líquidos...bem, eu e as três gotinhas continuamos nos estranhando.
Quem sabe um dia.
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