Eu sempre adorei escrever.
Desde que aprendi a mágica maravilhosa capaz de unir as letras e formar palavras, eu escrevo.
Escrevo sobre tudo. E sobre nada.
Escrevo coisas pertinentes e coisas sem sentido algum.
Tenho guardados a sete chaves, diários e mais diários, escritos em letra bem feita e cuidadosa. uma escrita contida e, certamente estudada. Obviamente colocada no papel para ser lida por alguém.
Estes diários nunca foram lidos por outra pessoa a não ser eu mesma.
Alguns textos, são verdadeiros processos criativos, elaborados com cuidado enquanto outros, são palavras desconexas que vieram de um coração adolescente, atormentado por problemas que hoje seriam motivos de risos.
Hoje em dia, uso a tela e o teclado no lugar do caderno e da caneta.
A diferença fica por conta da falta dos famosos rabiscados, das marcas de borracha, das páginas manchadas de chocolate e lágrimas.
E quantas lágrimas meu Deus!
E eu sequer me lembro do porque de tanta angústia, de tanta aflição.
Descobri páginas apagadas, algumas arrancadas dos cadernos e não consigo me lembrar dos motivos que levaram à mutilação de meus preciosos escritos. Talvez por não querer arriscar que olhos indiscretos encontrassem aquelas palavras ou talvez fosse apenas um rompante adolescente, não sei, provavelmente nunca saberei.
Mesmo na tela, foram inúmeras as vezes que apaguei textos enormes sem piedade e logo em seguida já havia me esquecido do conteúdo deles.
Para mim, páginas viradas, textos apagados devem ser deixados para trás.
As lições são aprendidas e tudo o que é importante fica guardado na memória.
O resto são apenas lembranças.
E eu prefiro ter somente as boas lembranças guardadas nos meus escritos.
O que não me impede de escrever e escrever sobre tudo o que eu sinto vontade.
A diferença é que nem tudo é para os olhos do mundo.
Algumas coisas devem permanecer somente entre mim e meu Querido Diário.
Um comentário:
Linda! Sempre inspiradora! Te amoooo
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