Este é o último post da série "O que eu aprendi sendo mãe".
Agradeço a quem leu, quem compartilhou e aos poucos que comentaram.
Se eu consegui tocar o coração de pelo menos um de vocês, eu me sentirei realizada!
Que Deus nos abençoe sempre!
Muita gente não gosta de pensar no passado.
Especialmente nos momentos de dor ou de aflição.
Mas para a mãe, olhar para trás é importante.
É quando vemos tudo o que passamos para mantermos nossos bebês saudáveis e em segurança.
É quando percebemos o quanto amadurecemos e aprendemos com os piores momentos de nossas vidas, com as dificuldades, com nossos erros.
Hoje, passados 24 anos do nascimento delas, eu percebo o quanto os problemas, os sustos e as decisões erradas forjaram a mãe que eu fui para elas.
Não perfeita, nunca perfeita, mas a mãe que sempre quis e sempre fez o melhor que podia, que sempre procurou superar as expectativas, surpreender , maravilhar, fazer com que cada momento fosse especial para elas e para a nossa família.
Eu espero que, um dia, elas olhem para trás, percebam todo o amor que eu coloquei em cada gesto, em cada palavra, em cada ato da minha vida e sintam que foram felizes.
Porque a felicidade delas, é tudo o que eu sempre desejei.
Qual o sentido em escrever "nonsenses" se ninguém está lendo? Fique à vontade para ler e comentar mas lembre-se, isto aqui não é uma democracia, quem manda aqui sou eu.
quarta-feira, 16 de dezembro de 2015
terça-feira, 15 de dezembro de 2015
O que eu aprendi sendo mãe - Dia 15 - Mãe carrega o coração fora do peito.
Eu aprendi sendo mãe que, quando eles nascem, o coração da gente deixa nosso corpo e passa a viver naquelas criaturinhas lindas que colocam em nossos braços.
A minha vida passou a girar em torno delas.
E tudo o que eu conquistei e realizei nestes 24 anos, foi pensando no futuro e na felicidade das minhas filhas.
Mas eu não precisei me anular, não precisei deixar de lado o marido maravilhoso que me presenteou com estas duas jóias, tão parecidas com ele, não precisei esquecer ou deixar de viver meus sonhos.
Eu vivi minha vida com alegria ao lado delas, vivi com confiança no futuro pelo qual eu estava lutando e vi meus sonhos se realizarem e minhas filhas realizarem seus sonhos e tudo o que eu imaginei que elas seriam, que elas fariam, aconteceu multiplicado por 10!
Meu coração vive fora do meu peito há 24 anos.
Ele bate duas vezes mais do que os outros.
E me dá, duas vezes mais alegrias, todos os dias.
A minha vida passou a girar em torno delas.
E tudo o que eu conquistei e realizei nestes 24 anos, foi pensando no futuro e na felicidade das minhas filhas.
Mas eu não precisei me anular, não precisei deixar de lado o marido maravilhoso que me presenteou com estas duas jóias, tão parecidas com ele, não precisei esquecer ou deixar de viver meus sonhos.
Eu vivi minha vida com alegria ao lado delas, vivi com confiança no futuro pelo qual eu estava lutando e vi meus sonhos se realizarem e minhas filhas realizarem seus sonhos e tudo o que eu imaginei que elas seriam, que elas fariam, aconteceu multiplicado por 10!
Meu coração vive fora do meu peito há 24 anos.
Ele bate duas vezes mais do que os outros.
E me dá, duas vezes mais alegrias, todos os dias.
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segunda-feira, 14 de dezembro de 2015
O que eu aprendi sendo mãe - Dia 14 - Preocupação não acaba quando eles crescem.
- Gente, eu vou embora.
- Mas estamos quase indo também, espera um pouco.
- Não, eu vou agora porque a minha mãe não pára de ligar.
Diálogo básico que a minha filha repete aos colegas de trabalho toda vez que ela tem happy hour durante a semana.
Eu tento resistir, juro que tento, mas é mais forte do que eu, quando eu vejo, já chamei o número dela. E, mesmo ela falando que vai demorar ou que já está saindo, eu continuo ligando de 20 em 20 minutos.
Sim, porque quando seu filho falar que já está saindo, não acredite, ele ainda vai demorar 1 ou 2 horas para chegar em casa.
Então, já que é assim, continue ligando.
Não importa se você vai ligar 1 ou 15 vezes, eles ficarão irritados do mesmo jeito então, para sua tranquilidade mental, ligue a cada 20 minutos.
Filhos não entendem mas para nós, mães,escutar a voz deles dizendo irritados : "ALÔ MÃE!!!" é como ouvir um anjo cantando no paraíso.
É um alívio imenso saber que eles estão bem, que estão vivos, mesmo que estejam desejando que seu celular sofra combustão espontânea naquele instante.
É querida mamãe, este seu bebezinho lindo e indefeso, que só vai sobreviver se você cuidar dele e alimentá-lo todos os dias, vai crescer.
E toda a preocupação com cuidados, comida, remédios e vacinas se tornará preocupação com escola, quedas, doenças infantis, lições de casa, amiguinhos, namoradinhos, passeios, festas, baladas, happy hours e uma dezena de outras atividades que a deixarão de cabelos em pé e acordada a noite toda, rezando.
Preocupação nunca acaba, muda de foco mas não acaba.
Você sempre estará preocupada com alguma coisa relacionada ao seu bebê, mesmo que seu bebê já esteja quase com 25 anos e ganhe o suficiente para sustentar a casa sozinho.
E é assim que sempre foi e sempre será.
Um dia, eles farão igual com seus filhos.
E neste dia, eles entenderão.
- Mas estamos quase indo também, espera um pouco.
- Não, eu vou agora porque a minha mãe não pára de ligar.
Diálogo básico que a minha filha repete aos colegas de trabalho toda vez que ela tem happy hour durante a semana.
Eu tento resistir, juro que tento, mas é mais forte do que eu, quando eu vejo, já chamei o número dela. E, mesmo ela falando que vai demorar ou que já está saindo, eu continuo ligando de 20 em 20 minutos.
Sim, porque quando seu filho falar que já está saindo, não acredite, ele ainda vai demorar 1 ou 2 horas para chegar em casa.
Então, já que é assim, continue ligando.
Não importa se você vai ligar 1 ou 15 vezes, eles ficarão irritados do mesmo jeito então, para sua tranquilidade mental, ligue a cada 20 minutos.
Filhos não entendem mas para nós, mães,escutar a voz deles dizendo irritados : "ALÔ MÃE!!!" é como ouvir um anjo cantando no paraíso.
É um alívio imenso saber que eles estão bem, que estão vivos, mesmo que estejam desejando que seu celular sofra combustão espontânea naquele instante.
É querida mamãe, este seu bebezinho lindo e indefeso, que só vai sobreviver se você cuidar dele e alimentá-lo todos os dias, vai crescer.
E toda a preocupação com cuidados, comida, remédios e vacinas se tornará preocupação com escola, quedas, doenças infantis, lições de casa, amiguinhos, namoradinhos, passeios, festas, baladas, happy hours e uma dezena de outras atividades que a deixarão de cabelos em pé e acordada a noite toda, rezando.
Preocupação nunca acaba, muda de foco mas não acaba.
Você sempre estará preocupada com alguma coisa relacionada ao seu bebê, mesmo que seu bebê já esteja quase com 25 anos e ganhe o suficiente para sustentar a casa sozinho.
E é assim que sempre foi e sempre será.
Um dia, eles farão igual com seus filhos.
E neste dia, eles entenderão.
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domingo, 13 de dezembro de 2015
O que eu aprendi sendo mãe - Dia 13 -Como fazê-las comer.
- Coloca Nescau
- Oi? Como assim?
- Nescau, mãe, coloca Nescau no leite delas.
- Mas elas só tem 4 meses...
- ... e não se dão bem com leite em pó e nem o leite de caixinha. Então coloca Nescau, vai por mim. Elas vão adorar!
E elas adoraram.
Aos 4 meses, eu já tinha testado todas as marcas de leite em pó e líquido do mercado e elas continuavam recusando.
Tentamos introduzir as papinhas e nada delas comerem.
Aí o pediatra, senhor de idade, renomado, careiro pra caramba, mandou colocar Nescau no leite.
As minhas tias, minha mãe, minha sogra, vizinhas e amigas, todas com PHd em cuidados infantis, surtaram quando souberam que eu dava leite com achocolatado para as meninas.
Eu nem dei bola. Elas amavam o bendito leite entupido de açúcar e mamavam feito bezerros, eu estava no céu.
Mas elas não comiam. Nada. Nada mesmo. O pratinho de papinha voltava para a cozinha com duas colheradas a menos, uma colherada cada uma e pronto.
Uma fatia de pão com requeijão, meia salsicha, duas bolachas maizena. Esses foram alguns dos almoços delas durante anos.
E leite, claro. Litros e litros de leite com Nescau. E sim, tinha que ser Nescau.
E até hoje, quando elas tomam leite, tem que ser com Nescau.
Foram anos até que elas aprendessem a comer "comida de verdade" e, ainda que esta tal comida não tenha feito falta nenhuma para elas, foi bom vê-las comendo um prato de comida nas refeições, mesmo que fosse com pouca comida.
Hoje elas comem o que querem, uma delas mantém a alimentação totalmente saudável enquanto a outra, bem, a outra come para ser feliz e pronto.
Quando elas eram pequenas, as pessoas se preocupavam e me agrediam, dizendo que eu estava matando as minhas filhas de fome.
Elas estão aí, saudáveis, lindas, felizes com elas mesmas.
Ninguém morreu.
Claro.
- Oi? Como assim?
- Nescau, mãe, coloca Nescau no leite delas.
- Mas elas só tem 4 meses...
- ... e não se dão bem com leite em pó e nem o leite de caixinha. Então coloca Nescau, vai por mim. Elas vão adorar!
E elas adoraram.
Aos 4 meses, eu já tinha testado todas as marcas de leite em pó e líquido do mercado e elas continuavam recusando.
Tentamos introduzir as papinhas e nada delas comerem.
Aí o pediatra, senhor de idade, renomado, careiro pra caramba, mandou colocar Nescau no leite.
As minhas tias, minha mãe, minha sogra, vizinhas e amigas, todas com PHd em cuidados infantis, surtaram quando souberam que eu dava leite com achocolatado para as meninas.
Eu nem dei bola. Elas amavam o bendito leite entupido de açúcar e mamavam feito bezerros, eu estava no céu.
Mas elas não comiam. Nada. Nada mesmo. O pratinho de papinha voltava para a cozinha com duas colheradas a menos, uma colherada cada uma e pronto.
Uma fatia de pão com requeijão, meia salsicha, duas bolachas maizena. Esses foram alguns dos almoços delas durante anos.
E leite, claro. Litros e litros de leite com Nescau. E sim, tinha que ser Nescau.
E até hoje, quando elas tomam leite, tem que ser com Nescau.
Foram anos até que elas aprendessem a comer "comida de verdade" e, ainda que esta tal comida não tenha feito falta nenhuma para elas, foi bom vê-las comendo um prato de comida nas refeições, mesmo que fosse com pouca comida.
Hoje elas comem o que querem, uma delas mantém a alimentação totalmente saudável enquanto a outra, bem, a outra come para ser feliz e pronto.
Quando elas eram pequenas, as pessoas se preocupavam e me agrediam, dizendo que eu estava matando as minhas filhas de fome.
Elas estão aí, saudáveis, lindas, felizes com elas mesmas.
Ninguém morreu.
Claro.
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sábado, 12 de dezembro de 2015
O que eu aprendi sendo mãe - Dia 12 - Você vai perder seu filho em uma loja e quase infartar de pânico
Foi exatamente um piscar de olhos.
E , de repente, a minha filha havia sumido.
Meu coração disparou e eu olhava para aquela dezena de araras lotadas de roupas e não via nenhum sinal dela, em lugar algum.
Fiquei desesperada e comecei a gritar por ela e, em outro piscar de olhos, ela saiu de uma das araras com aquela expressão "te peguei" no rosto.
O alívio foi tão grande que não me lembrei de dar bronca, apenas a abracei e disse que ela não podia se esconder de mim em lugar algum, que alguém poderia levá-la embora para longe de nós.
Eu não sei se ela entendeu ou não o que eu quis dizer mas eu nunca mais me descuidei delas dentro de lojas, nos shoppings ou em qualquer lugar com muita gente aglomerada.
E praticamente toda mãe tem uma história destas para contar.
Eu tenho a impressão que faz parte do aprendizado de mãe perder seu filho em uma loja uma vez na vida.
E é apenas uma vez mesmo porque o susto é tão grande que a gente fica vacinada e nunca mais tiramos os olhos deles quando entramos em uma loja.
É desagradável demais, é péssimo, é assustador mas parece que só entendemos verdadeiramente a dimensão desta sensação de perda até que ela aconteça.
Portanto mamães, este é um daqueles conselhos que eu afirmo com certeza que devemos ouvir e guardar para sempre : nunca, nunca, em hipótese nenhuma, tire os olhos de seus filhos ou os deixe se afastarem de você em lugares com muita gente.
Eu aprendi da pior maneira e desejo, de todo o coração que nenhuma mãe tenha que passar por isso.
E , de repente, a minha filha havia sumido.
Meu coração disparou e eu olhava para aquela dezena de araras lotadas de roupas e não via nenhum sinal dela, em lugar algum.
Fiquei desesperada e comecei a gritar por ela e, em outro piscar de olhos, ela saiu de uma das araras com aquela expressão "te peguei" no rosto.
O alívio foi tão grande que não me lembrei de dar bronca, apenas a abracei e disse que ela não podia se esconder de mim em lugar algum, que alguém poderia levá-la embora para longe de nós.
Eu não sei se ela entendeu ou não o que eu quis dizer mas eu nunca mais me descuidei delas dentro de lojas, nos shoppings ou em qualquer lugar com muita gente aglomerada.
E praticamente toda mãe tem uma história destas para contar.
Eu tenho a impressão que faz parte do aprendizado de mãe perder seu filho em uma loja uma vez na vida.
E é apenas uma vez mesmo porque o susto é tão grande que a gente fica vacinada e nunca mais tiramos os olhos deles quando entramos em uma loja.
É desagradável demais, é péssimo, é assustador mas parece que só entendemos verdadeiramente a dimensão desta sensação de perda até que ela aconteça.
Portanto mamães, este é um daqueles conselhos que eu afirmo com certeza que devemos ouvir e guardar para sempre : nunca, nunca, em hipótese nenhuma, tire os olhos de seus filhos ou os deixe se afastarem de você em lugares com muita gente.
Eu aprendi da pior maneira e desejo, de todo o coração que nenhuma mãe tenha que passar por isso.
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sexta-feira, 11 de dezembro de 2015
O que eu aprendi sendo mãe - Dia 11 - Segurar no colo é bom demais
A primeira coisa que me disseram quando minhas filhas nasceram foi que eu não deveria segurá-las no colo para que não ficassem mal acostumadas.
E foi e primeira de muitas coisas que me disseram que eu ignorei solenemente.
Porque segurar as minhas filhas no colo era a maior alegria que eu tinha quando elas eram pequenas.
Amamentar, dar mamadeira, fazer dormir, tudo era no colo.
Aos seis meses, elas dormiam ao som de Guns'n Roses enquanto eu dançava pela sala embalando-as nos braços. Uma de cada vez, claro.
Minha coluna e meu nervo ciático sofreram com isso mas eu não me arrependo de nenhum segundo que passamos abraçadas, aninhadas uma à outra.
Até pouco tempo, elas ainda costumavam sentar-se no meu colo, por alguns segundos apenas porque elas são maiores do que eu.
Nessas horas, batia uma saudade doída de quando eu podia protegê-las de tudo e de todos com o meu corpo.
E ainda hoje essa saudade vem, de tempos em tempos, acompanhada da vontade imensa de abraçá-las e não soltar mais.
Mas meu colo fica vazio.
Por isso, mamães, não deixem que o cansaço, o nervosismo, a impaciência ou os conselhos sábios de médicos e psicólogos as privem deste prazer.
Segurem seus bebês no colo o tempo todo.
Que eles fiquem mimados, chatos e enjoados.
Vai passar.
Eles vão crescer.
E você vai sentir muita falta, muita falta mesmo.
E foi e primeira de muitas coisas que me disseram que eu ignorei solenemente.
Porque segurar as minhas filhas no colo era a maior alegria que eu tinha quando elas eram pequenas.
Amamentar, dar mamadeira, fazer dormir, tudo era no colo.
Aos seis meses, elas dormiam ao som de Guns'n Roses enquanto eu dançava pela sala embalando-as nos braços. Uma de cada vez, claro.
Minha coluna e meu nervo ciático sofreram com isso mas eu não me arrependo de nenhum segundo que passamos abraçadas, aninhadas uma à outra.
Até pouco tempo, elas ainda costumavam sentar-se no meu colo, por alguns segundos apenas porque elas são maiores do que eu.
Nessas horas, batia uma saudade doída de quando eu podia protegê-las de tudo e de todos com o meu corpo.
E ainda hoje essa saudade vem, de tempos em tempos, acompanhada da vontade imensa de abraçá-las e não soltar mais.
Mas meu colo fica vazio.
Por isso, mamães, não deixem que o cansaço, o nervosismo, a impaciência ou os conselhos sábios de médicos e psicólogos as privem deste prazer.
Segurem seus bebês no colo o tempo todo.
Que eles fiquem mimados, chatos e enjoados.
Vai passar.
Eles vão crescer.
E você vai sentir muita falta, muita falta mesmo.
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quinta-feira, 10 de dezembro de 2015
O que eu aprendi sendo mãe - Dia 10 - Você nunca mais vai dormir direito, nunca mesmo.
Depois que nos tornamos mãe, podemos dar adeus às longas e gostosas noites de sono ininterrupto.
Simples assim, você não vai mais conseguir dormir direito, nunca mais.
No começo, porque bebês tem os horários mais doidos do mundo; e gêmeas tem os horários mais malucos do universo. Então dizemos adeus às noites de sono e aproveitamos aquelas sonecas da tarde que os bebês tiram para dormirmos um pouquinho, juntando forças para os horários em que eles estão acordados.
Com as meninas foi assim, noites e noites sem dormir, amamentando, trocando, ninando, cuidando de cólicas e choros sem explicação.
E, mesmo quando nossos bebês conseguem entrar em um ritmo de sono mais constante, mais tranquilo, nunca mais nos recuperamos destes primeiros tempos e nosso "sentido de aranha" fica em alerta todos os segundos, do dia e da noite.
E assim vamos, por toda a vida, dormindo com um olho fechado e outro aberto, pensando nos horrores que acontecem em um quarto de criança quando fechamos os olhos para dormir e pulando da cama ao menor ruído ou gemido vindo do outro cômodo da casa.
E quando finalmente elas crescem nós, ingênuas mamães, acreditamos que poderemos voltar a ter noites tranquilas e serenas, o pesadelo apenas aumenta de tamanho.
E começamos nossas maratonas de noites em claro, esperando a porta da sala abrir para podermos nos certificar de que elas estão voltando inteiras e ilesas para casa.
E então percebemos que, dormir é um privilégio que mãe perde no momento em que o primeiro choro de seu bebê chega aos seus ouvidos.
Mas eu não trocaria as minhas noites em claro, cuidando e me preocupando com elas, nem pelo mais gostoso dos sonos.
Simples assim, você não vai mais conseguir dormir direito, nunca mais.
No começo, porque bebês tem os horários mais doidos do mundo; e gêmeas tem os horários mais malucos do universo. Então dizemos adeus às noites de sono e aproveitamos aquelas sonecas da tarde que os bebês tiram para dormirmos um pouquinho, juntando forças para os horários em que eles estão acordados.
Com as meninas foi assim, noites e noites sem dormir, amamentando, trocando, ninando, cuidando de cólicas e choros sem explicação.
E, mesmo quando nossos bebês conseguem entrar em um ritmo de sono mais constante, mais tranquilo, nunca mais nos recuperamos destes primeiros tempos e nosso "sentido de aranha" fica em alerta todos os segundos, do dia e da noite.
E assim vamos, por toda a vida, dormindo com um olho fechado e outro aberto, pensando nos horrores que acontecem em um quarto de criança quando fechamos os olhos para dormir e pulando da cama ao menor ruído ou gemido vindo do outro cômodo da casa.
E quando finalmente elas crescem nós, ingênuas mamães, acreditamos que poderemos voltar a ter noites tranquilas e serenas, o pesadelo apenas aumenta de tamanho.
E começamos nossas maratonas de noites em claro, esperando a porta da sala abrir para podermos nos certificar de que elas estão voltando inteiras e ilesas para casa.
E então percebemos que, dormir é um privilégio que mãe perde no momento em que o primeiro choro de seu bebê chega aos seus ouvidos.
Mas eu não trocaria as minhas noites em claro, cuidando e me preocupando com elas, nem pelo mais gostoso dos sonos.
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quarta-feira, 9 de dezembro de 2015
O que eu aprendi sendo mãe - Dia 9 - Você nunca teve tantos motivos para sorrir
Eu sempre fui sorridente.
Adoro sorrir, transmitir alegria para todos ao meu redor.
E sou daquelas que ri de bobeira, que ri de tudo, até do que não tem graça.
Mas, depois que me tornei mãe, eu descobri que existem mais uma centena de motivos para sorrir.
A todo instante,minhas filhas me faziam sorrir, até mesmo quando eu estava exausta de tanto amamentar e trocar bebês.
Mãe sorri de todas as gracinhas, de todos os murmúrios, de todas as artes (mesmo que tenha que dar bronca depois).
Tudo o que minhas filhas faziam eram motivo para meus sorrisos; e até hoje, eu acordo todas as manhãs e sorrio feliz por saber que elas estão bem.
Mesmo depois de adultas, continuo achando tudo o que elas fazem lindo e mesmo que as deixe constrangidas, continuo sorrindo pelos motivos mais banais.
Pois, a mágica mais linda que nossos filhos fazem em nossas vidas é justamente nos dar os mais simples e básicos motivos para sorrir.
E então, descobrimos que ao nascerem, eles nos presenteiam com o melhor que a vida poderia nos dar : alegria sem medidas.
Adoro sorrir, transmitir alegria para todos ao meu redor.
E sou daquelas que ri de bobeira, que ri de tudo, até do que não tem graça.
Mas, depois que me tornei mãe, eu descobri que existem mais uma centena de motivos para sorrir.
A todo instante,minhas filhas me faziam sorrir, até mesmo quando eu estava exausta de tanto amamentar e trocar bebês.
Mãe sorri de todas as gracinhas, de todos os murmúrios, de todas as artes (mesmo que tenha que dar bronca depois).
Tudo o que minhas filhas faziam eram motivo para meus sorrisos; e até hoje, eu acordo todas as manhãs e sorrio feliz por saber que elas estão bem.
Mesmo depois de adultas, continuo achando tudo o que elas fazem lindo e mesmo que as deixe constrangidas, continuo sorrindo pelos motivos mais banais.
Pois, a mágica mais linda que nossos filhos fazem em nossas vidas é justamente nos dar os mais simples e básicos motivos para sorrir.
E então, descobrimos que ao nascerem, eles nos presenteiam com o melhor que a vida poderia nos dar : alegria sem medidas.
terça-feira, 8 de dezembro de 2015
O que eu aprendi sendo mãe - Dia 8 - Você vai chorar muito
Mãe chora muito. Muito mesmo.
De alegria,de tristeza,de desespero, de raiva e de alívio.
Eu chorei na sala de parto.
Foi um momento mágico e lindo, independente de eu estar em uma sala cirúrgica, cercada de gente mascarada e com a barriga aberta e sangrando, eu chorei de alegria quando colocaram minhas filhas nos meus braços.
Eu chorei na sala de estar da casa da minha sogra.
Eu chorei de tristeza quando meu sogro não teve mais forças para segurar a neta em seus braços porque o câncer já estava afetando sua coordenação motora.
Eu chorei ajoelhada ao lado da minha cama.
Eu chorei de desespero ao ver minhas filhas praticamente inconscientes, com o olhar vazio, deitadas na minha cama, vitimadas pela desidratação.
Eu chorei abraçada à minha filha.
Eu chorei de alívio, quando elas acordaram, recuperadas da desidratação e sorriram para mim.
A alegria traz o sorriso, a paz, o amor para nossas vidas, por isso, eu me lembro com carinho os momentos em que chorei de alegria.
A tristeza traz a solidariedade, o consolo, o carinho, o abraço e por isso, os choros de tristeza devem ser lembrados também.
A lembrança das lágrimas de desespero trazem consigo a lição, o aprendizado e eu nunca mais me permiti que este choro me dominasse novamente.
O alívio, limpa a alma, acalma o coração e traz calma e paz. Eu me lembro do choro de alívio como uma vitória para nossa luta.
Eu já chorei de raiva muitas vezes.
Mas apaguei as lembranças.
A raiva não traz lições, não traz nada de bom para se guardar e levar para o futuro.
Com a raiva, vem o rancor que devora o coração e tira nossa alegria de viver.
Eu não aprendi a não chorar de raiva.
Mas aprendi que, depois que o choro termina, a raiva vai embora com ele.
E também todas as memórias do que o provocou.
E hoje, eu continuo chorando.
Muito.
De alegria, de tristeza, de alívio e também de felicidade.
E só.
De alegria,de tristeza,de desespero, de raiva e de alívio.
Eu chorei na sala de parto.
Foi um momento mágico e lindo, independente de eu estar em uma sala cirúrgica, cercada de gente mascarada e com a barriga aberta e sangrando, eu chorei de alegria quando colocaram minhas filhas nos meus braços.
Eu chorei na sala de estar da casa da minha sogra.
Eu chorei de tristeza quando meu sogro não teve mais forças para segurar a neta em seus braços porque o câncer já estava afetando sua coordenação motora.
Eu chorei ajoelhada ao lado da minha cama.
Eu chorei de desespero ao ver minhas filhas praticamente inconscientes, com o olhar vazio, deitadas na minha cama, vitimadas pela desidratação.
Eu chorei abraçada à minha filha.
Eu chorei de alívio, quando elas acordaram, recuperadas da desidratação e sorriram para mim.
A alegria traz o sorriso, a paz, o amor para nossas vidas, por isso, eu me lembro com carinho os momentos em que chorei de alegria.
A tristeza traz a solidariedade, o consolo, o carinho, o abraço e por isso, os choros de tristeza devem ser lembrados também.
A lembrança das lágrimas de desespero trazem consigo a lição, o aprendizado e eu nunca mais me permiti que este choro me dominasse novamente.
O alívio, limpa a alma, acalma o coração e traz calma e paz. Eu me lembro do choro de alívio como uma vitória para nossa luta.
Eu já chorei de raiva muitas vezes.
Mas apaguei as lembranças.
A raiva não traz lições, não traz nada de bom para se guardar e levar para o futuro.
Com a raiva, vem o rancor que devora o coração e tira nossa alegria de viver.
Eu não aprendi a não chorar de raiva.
Mas aprendi que, depois que o choro termina, a raiva vai embora com ele.
E também todas as memórias do que o provocou.
E hoje, eu continuo chorando.
Muito.
De alegria, de tristeza, de alívio e também de felicidade.
E só.
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segunda-feira, 7 de dezembro de 2015
O que eu aprendi sendo mãe - Dia 7 - Você vai ser achar incompentente
Não teve jeito.
Mesmo blindada contra os comentários e opiniões a respeito da minha capacidade de ser mãe, nestes 24 anos de vida das minhas filhas, houve momentos em que eu me senti a mais incompetente das criaturas.
Foram poucos momentos (felizmente) mas foram dolorosos pois eu sabia que minhas filhas contavam comigo e eu sentia que estava falhando com elas.
Mas eu descobri, aos poucos, lidando com este sentimento de incompetência, de incapacidade, que eu podeira e deveria superar porque elas eram mais importantes do que qualquer coisa e eu precisava estar bem, para elas ficarem bem.
Foi um aprendizado precioso, porque hoje eu sei que ninguém consegue ser perfeito e que as dúvidas e incertezas nos fazem refletir e mudar nossas atitudes e pensamentos, na maioria das vezes para melhor.
E a lição mais importante que eu tirei destes pensamentos de incompetência, foi que eu nunca fui incompetente de verdade.
Porque a mãe,sempre coloca seu coração em tudo o que faz.
Aos olhos críticos de um adulto, nem sempre isto é o melhor.
Mas aos olhos de nossas crianças, nós somos simplesmente perfeitas!
Mesmo blindada contra os comentários e opiniões a respeito da minha capacidade de ser mãe, nestes 24 anos de vida das minhas filhas, houve momentos em que eu me senti a mais incompetente das criaturas.
Foram poucos momentos (felizmente) mas foram dolorosos pois eu sabia que minhas filhas contavam comigo e eu sentia que estava falhando com elas.
Mas eu descobri, aos poucos, lidando com este sentimento de incompetência, de incapacidade, que eu podeira e deveria superar porque elas eram mais importantes do que qualquer coisa e eu precisava estar bem, para elas ficarem bem.
Foi um aprendizado precioso, porque hoje eu sei que ninguém consegue ser perfeito e que as dúvidas e incertezas nos fazem refletir e mudar nossas atitudes e pensamentos, na maioria das vezes para melhor.
E a lição mais importante que eu tirei destes pensamentos de incompetência, foi que eu nunca fui incompetente de verdade.
Porque a mãe,sempre coloca seu coração em tudo o que faz.
Aos olhos críticos de um adulto, nem sempre isto é o melhor.
Mas aos olhos de nossas crianças, nós somos simplesmente perfeitas!
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domingo, 6 de dezembro de 2015
O que eu aprendi sendo mãe - Dia 6 - As pessoas vão achá-la incompetente
Não importa o que você faça, nem como você está fazendo, nem o que está deixando de fazer, você sempre estará fazendo errado.
Eu nunca me assustei com este tipo de reação das pessoas ao meu redor porque já estava acostumada com as reações da família e dos amigos quando o assunto é criação dos filhos.
Desde criança, eu me lembro de escutar críticas de como fulano ou sicrano criava suas crianças e meus pais tiveram sua cota de cobranças com relação a mim e a meus irmãos.
Por isso, quando as meninas nasceram, eu simplesmente coloquei minha armadura e recebi as toneladas de críticas e comentários desagradáveis estoicamente, não dando a mínima para a torcida.
Mas é preciso muita força de vontade para não mandar meia dúzia de parentes e amigos supostamente bem intencionados, para o meio do inferno ou algo pior.
Porque, no momento em que você se torna mãe, todos ao seu redor se tornam Pós-Graduados em Neonatologia e Cuidados Infantis ao mesmo tempo que você se torna, aos olhos deles, uma semi-analfabeta.
Ninguém consegue chegar para uma visita e simplesmente pegar o bebê no colo, jogá-lo para cima, beijá-lo muito - para desespero dos pais - e depois ir embora desejando mil felicidades e milhões de bênçãos, não, claro que não, visita a recém-nascido não é visita se não vier com uma lista imensa de recomendações e cuidados que você - obviamente - não sabe que tem que ter com seu bebê.
Mas não pensem que tudo é má intenção. Eu também, não me isento de culpa. Já fiz isso com amigas e parentes, mesmo tendo passado pela experiência há 24 anos atrás.
Descobri que esse arroubo de boa vontade das pessoas, aflora sem que tenhamos consciência e quando se percebe, já estamos lá, atropelando a linda e abençoada mamãe com nossa experiência ancestral em cuidados infantis.
E as pessoas realmente acreditam que estão ajudando, dando conselhos e dicas preciosas e olhem só, algumas dicas são mesmo valiosas e cabe a nós, selecionarmos o que pode ser aproveitado e o que deve ser ignorado.
Eu nunca me assustei com este tipo de reação das pessoas ao meu redor porque já estava acostumada com as reações da família e dos amigos quando o assunto é criação dos filhos.
Desde criança, eu me lembro de escutar críticas de como fulano ou sicrano criava suas crianças e meus pais tiveram sua cota de cobranças com relação a mim e a meus irmãos.
Por isso, quando as meninas nasceram, eu simplesmente coloquei minha armadura e recebi as toneladas de críticas e comentários desagradáveis estoicamente, não dando a mínima para a torcida.
Mas é preciso muita força de vontade para não mandar meia dúzia de parentes e amigos supostamente bem intencionados, para o meio do inferno ou algo pior.
Porque, no momento em que você se torna mãe, todos ao seu redor se tornam Pós-Graduados em Neonatologia e Cuidados Infantis ao mesmo tempo que você se torna, aos olhos deles, uma semi-analfabeta.
Ninguém consegue chegar para uma visita e simplesmente pegar o bebê no colo, jogá-lo para cima, beijá-lo muito - para desespero dos pais - e depois ir embora desejando mil felicidades e milhões de bênçãos, não, claro que não, visita a recém-nascido não é visita se não vier com uma lista imensa de recomendações e cuidados que você - obviamente - não sabe que tem que ter com seu bebê.
Mas não pensem que tudo é má intenção. Eu também, não me isento de culpa. Já fiz isso com amigas e parentes, mesmo tendo passado pela experiência há 24 anos atrás.
Descobri que esse arroubo de boa vontade das pessoas, aflora sem que tenhamos consciência e quando se percebe, já estamos lá, atropelando a linda e abençoada mamãe com nossa experiência ancestral em cuidados infantis.
E as pessoas realmente acreditam que estão ajudando, dando conselhos e dicas preciosas e olhem só, algumas dicas são mesmo valiosas e cabe a nós, selecionarmos o que pode ser aproveitado e o que deve ser ignorado.
Então, o que nos resta é sorrir e aceitar com paciência esse tsunami de boa vontade que nos leva às raias da loucura mas que, se bem peneirado, pode ser de grande valia em muitos casos.
E acreditem, a gente supera.
E faz igual com os outros.
E tudo termina sempre bem.
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sábado, 5 de dezembro de 2015
O que eu aprendi sendo mãe - Dia 5 - Você nunca rezou tanto na sua vida
Eu sempre fui uma pessoa religiosa.
Daquelas de frequentar a missa toda semana, participar do grupo de jovens e, mais tarde, da pastoral da família, ministrando cursos de noivos e de batismo.
E eu sempre tive o hábito de agradecer muito em minhas orações e pouco pedir. Porque eu sempre acreditei que as bençãos virão no seu tempo e que devemos agradecer pelas que já recebemos.
Isso é algo meu, cada um tem seu jeito e seus hábitos na hora de rezar e eu respeito todos,sem distinção.
Mas, justamente por ter pouco costume de pedir algo a Deus, eu me vi em um apuro grande depois que as meninas nasceram.
Claro que a primeira oração que fiz foi de agradecimento pela vinda delas.
E é óbvio que durante a gravidez eu pedi a Deus que nos protegesse.
Mas eu me surpreendi com a intensidade da minha oração de súplica todas as vezes que eu olhava para aquelas criaturinhas indefesas que tinham sido colocadas sob a minha proteção.
Como protegê-las se eu não tinha poderes para amenizar uma simples cólica ou uma catapora ou um dedo esmagado na porta ou ma cabeça rachada em uma quina?
O que me restava era a oração. Rezar e pedir pela proteção das meninas.
E eu nunca rezei tanto na minha vida, nunca pedi tanto. Não, na verdade, nunca exigi tanto de Deus e dos anjos da guarda das meninas.
Se você é mãe, vai entender o que eu passei porque você provavelmente passa por isso.
E não pensem vocês que as coisas melhoram quando nossos bebês crescem.
Minhas exigências com Deus e Seus Anjos foram aumentando cada vez mais à medida que elas passaram a ir à pé para a escola, arrumaram namorados, ganharam seus carros, foram para a faculdade,para festas, baladas e viagens com as amigas.
Porque somos apenas mães, apenas humanas e não podemos estar o tempo todo protegendo nossas crias com nossos corpos como gostaríamos de fazer.
Não podemos protegê-los também das decepções, das traições, dos falsos amigos, dos maus tratos e de suas tristezas e angústias.
Podemos aconselhar, abraçar, chorar e sorrir com eles.
E rezar, sempre.
Você nunca rezou tanto em sua vida como rezará depois que se tornar mãe.
E não importa a idade de seus filhos, você sempre continuará pedindo por eles.
Daquelas de frequentar a missa toda semana, participar do grupo de jovens e, mais tarde, da pastoral da família, ministrando cursos de noivos e de batismo.
E eu sempre tive o hábito de agradecer muito em minhas orações e pouco pedir. Porque eu sempre acreditei que as bençãos virão no seu tempo e que devemos agradecer pelas que já recebemos.
Isso é algo meu, cada um tem seu jeito e seus hábitos na hora de rezar e eu respeito todos,sem distinção.
Mas, justamente por ter pouco costume de pedir algo a Deus, eu me vi em um apuro grande depois que as meninas nasceram.
Claro que a primeira oração que fiz foi de agradecimento pela vinda delas.
E é óbvio que durante a gravidez eu pedi a Deus que nos protegesse.
Mas eu me surpreendi com a intensidade da minha oração de súplica todas as vezes que eu olhava para aquelas criaturinhas indefesas que tinham sido colocadas sob a minha proteção.
Como protegê-las se eu não tinha poderes para amenizar uma simples cólica ou uma catapora ou um dedo esmagado na porta ou ma cabeça rachada em uma quina?
O que me restava era a oração. Rezar e pedir pela proteção das meninas.
E eu nunca rezei tanto na minha vida, nunca pedi tanto. Não, na verdade, nunca exigi tanto de Deus e dos anjos da guarda das meninas.
Se você é mãe, vai entender o que eu passei porque você provavelmente passa por isso.
E não pensem vocês que as coisas melhoram quando nossos bebês crescem.
Minhas exigências com Deus e Seus Anjos foram aumentando cada vez mais à medida que elas passaram a ir à pé para a escola, arrumaram namorados, ganharam seus carros, foram para a faculdade,para festas, baladas e viagens com as amigas.
Porque somos apenas mães, apenas humanas e não podemos estar o tempo todo protegendo nossas crias com nossos corpos como gostaríamos de fazer.
Não podemos protegê-los também das decepções, das traições, dos falsos amigos, dos maus tratos e de suas tristezas e angústias.
Podemos aconselhar, abraçar, chorar e sorrir com eles.
E rezar, sempre.
Você nunca rezou tanto em sua vida como rezará depois que se tornar mãe.
E não importa a idade de seus filhos, você sempre continuará pedindo por eles.
sexta-feira, 4 de dezembro de 2015
O que eu aprendi sendo mãe - Dia 4 - Amamentar ou ser condenada à fogueira
Lá vamos nós de novo. Este post não pretende levantar bandeiras, estou contando minhas experiências com as minhas filhas gêmeas - que hoje estão com 24 anos - e não tentando doutrinar ninguém a fazer ou não fazer alguma coisa.
Não enxerguem chifres em cabeça de égua porque, infelizmente, unicórnios não existem.
E lá estava eu, mãe de primeira viagem com duas menininhas miúdas, chorando de fome e esperando que a "mamadeira ambulante" as alimentasse.
E eu tinha leite, muito leite, ô coisa boa!
Seria bom se eu tivesse apenas um bebê porque, apesar de termos dois seios, o leite que eles produzem, mesmo que seja em grande quantidade, é destinado a alimentar apenas uma criança por vez ou seja, eu não tinha leite suficiente para as duas.
Mesmo assim, consegui entrar em um acordo pacífico com as duas e com meu marido, que morria de medo de segurar um recém-nascido. Para isso, tínhamos uma rotina bem definida : eu amamentava a primeira que estivesse acordada ou a primeira que chorava. Depois, a entregava para o pai, já sentadinho no chão e segurando a mamadeira. E, enquanto ele a alimentava, eu amamentava a segunda. Depois, entregava o bebê para ele, pegava a que havia mamado e trocava a fralda para colocá-la no berço. Neste meio tempo, ele terminava de dar a mamadeira e eu pegava a segunda para trocar e colocar no berço. Depois disso, tínhamos aproximadamente meia hora a 40 minutos para descansarmos antes de ser a hora de dar novamente o peito para elas.
E, há 24 anos atrás, não existia "livre demanda", bebês tinham que mamar de 3 em 3 horas, sem choro nem vela. Era ordem do pediatra, da mãe, da vó, da vizinha que tinha 8 filhos e sempre foi assim e pronto.
Mas as meninas tinham seus horários e nós, eu e meu marido, não tínhamos coragem de deixá-las chorando de fome, mesmo que isso significasse não dormir a noite toda porque sempre tinha uma ou duas mamadas durante a madrugada e com todo o ritual que tínhamos que fazer para as duas, não sobrava tempo para dormir. Já praticávamos a livre demanda muito antes dos pediatras descobrirem que quando eles tem fome, os bebês devem ser alimentados.
Esta festa no apê durou somente um mês e meio - para nós, interminável - pois, como elas mamavam na mamadeira além do peito, começaram a preferir o leitinho em pó horroroso ao leitinho materno horroroso - porque pode ser lindo, pode ser saudável mas não deixa de ter um gosto horrível - e meu leite foi secando, secando, até que um dia, não tinha mais nada para elas mamarem e passamos ao maravilhoso mundo das toneladas de latas de leite em pó e dezenas de mamadeiras espalhadas pela casa.
Porque com gêmeas, tudo é dobrado sim.
Alegrias e bênçãos em dobro mas também, mamadeiras e fraldas, e chupetas e latas de leite.
E sim, meu leite secou naturalmente, sem stress, sem ser forçado e eu nunca me senti culpada por causa disso. Elas eram miúdas, pequenas para a idade delas mas eram saudáveis e eu descobri que comer pouco, tomar mamadeira ao invés do peito não determinavam uma criança doente, assim como mamar no peito da mãe até os 4 anos nunca foi garantia de uma criança saudável.
Fui julgada, criticada mas nunca, em nenhum momento senti culpa por meu leite ter secado.
Eu encarava tudo com naturalidade, como parte do processo de crescimento delas.
Nem mesmo tendo que escutar que eu era uma "péssima mãe" por não ter dado o peito até os 9 meses, que era o padrão daquele tempo.
Aos 24 anos, minhas filhas estão aí para provar que para ser mãe de verdade, você não precisa sair na rua mostrando seu bebê agarrado ao seu peito, não precisa se justificar para ninguém o porque de não dar o peito, não precisa se sentir culpada se, por qualquer motivo você não puder amamentar seu filho pelo tempo que outras pessoas acham correto.
Eu aprendi sendo mãe de gêmeas, que o amor pode estar também em um recipiente de plástico aquecido no microondas.
E minhas filhas não me amam menos por causa disso.
O que os outros pensam, nunca me importou.
Não enxerguem chifres em cabeça de égua porque, infelizmente, unicórnios não existem.
E lá estava eu, mãe de primeira viagem com duas menininhas miúdas, chorando de fome e esperando que a "mamadeira ambulante" as alimentasse.
E eu tinha leite, muito leite, ô coisa boa!
Seria bom se eu tivesse apenas um bebê porque, apesar de termos dois seios, o leite que eles produzem, mesmo que seja em grande quantidade, é destinado a alimentar apenas uma criança por vez ou seja, eu não tinha leite suficiente para as duas.
Mesmo assim, consegui entrar em um acordo pacífico com as duas e com meu marido, que morria de medo de segurar um recém-nascido. Para isso, tínhamos uma rotina bem definida : eu amamentava a primeira que estivesse acordada ou a primeira que chorava. Depois, a entregava para o pai, já sentadinho no chão e segurando a mamadeira. E, enquanto ele a alimentava, eu amamentava a segunda. Depois, entregava o bebê para ele, pegava a que havia mamado e trocava a fralda para colocá-la no berço. Neste meio tempo, ele terminava de dar a mamadeira e eu pegava a segunda para trocar e colocar no berço. Depois disso, tínhamos aproximadamente meia hora a 40 minutos para descansarmos antes de ser a hora de dar novamente o peito para elas.
E, há 24 anos atrás, não existia "livre demanda", bebês tinham que mamar de 3 em 3 horas, sem choro nem vela. Era ordem do pediatra, da mãe, da vó, da vizinha que tinha 8 filhos e sempre foi assim e pronto.
Mas as meninas tinham seus horários e nós, eu e meu marido, não tínhamos coragem de deixá-las chorando de fome, mesmo que isso significasse não dormir a noite toda porque sempre tinha uma ou duas mamadas durante a madrugada e com todo o ritual que tínhamos que fazer para as duas, não sobrava tempo para dormir. Já praticávamos a livre demanda muito antes dos pediatras descobrirem que quando eles tem fome, os bebês devem ser alimentados.
Esta festa no apê durou somente um mês e meio - para nós, interminável - pois, como elas mamavam na mamadeira além do peito, começaram a preferir o leitinho em pó horroroso ao leitinho materno horroroso - porque pode ser lindo, pode ser saudável mas não deixa de ter um gosto horrível - e meu leite foi secando, secando, até que um dia, não tinha mais nada para elas mamarem e passamos ao maravilhoso mundo das toneladas de latas de leite em pó e dezenas de mamadeiras espalhadas pela casa.
Porque com gêmeas, tudo é dobrado sim.
Alegrias e bênçãos em dobro mas também, mamadeiras e fraldas, e chupetas e latas de leite.
E sim, meu leite secou naturalmente, sem stress, sem ser forçado e eu nunca me senti culpada por causa disso. Elas eram miúdas, pequenas para a idade delas mas eram saudáveis e eu descobri que comer pouco, tomar mamadeira ao invés do peito não determinavam uma criança doente, assim como mamar no peito da mãe até os 4 anos nunca foi garantia de uma criança saudável.
Fui julgada, criticada mas nunca, em nenhum momento senti culpa por meu leite ter secado.
Eu encarava tudo com naturalidade, como parte do processo de crescimento delas.
Nem mesmo tendo que escutar que eu era uma "péssima mãe" por não ter dado o peito até os 9 meses, que era o padrão daquele tempo.
Aos 24 anos, minhas filhas estão aí para provar que para ser mãe de verdade, você não precisa sair na rua mostrando seu bebê agarrado ao seu peito, não precisa se justificar para ninguém o porque de não dar o peito, não precisa se sentir culpada se, por qualquer motivo você não puder amamentar seu filho pelo tempo que outras pessoas acham correto.
Eu aprendi sendo mãe de gêmeas, que o amor pode estar também em um recipiente de plástico aquecido no microondas.
E minhas filhas não me amam menos por causa disso.
O que os outros pensam, nunca me importou.
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quinta-feira, 3 de dezembro de 2015
O que eu aprendi sendo mãe - Dia 3 - Passeio ao Shopping ou ao inferno?
Lembrando aos leitores que os comentários serão moderados, como sempre e me dou o direito de decidir o que será publicado porque afinal, o blog ainda é meu.
Agradeço se você ler e deixar seu comentário, independente dele ser ou não publicado.
E se você, que é mãe - de primeira viagem ou de muitas - puder aproveitar uma linha que seja das minhas palavras, ficarei muito feliz.
Nos dias de hoje, você chega a um shopping center e encontra logo de cara lindos carrinhos de bebê que podem ser alugados ou emprestados, banheiros com trocadores, brinquedos eletrônicos para as crianças pequenas, fraldários com cadeiras para amamentação e microondas para esquentar papinhas. Há poucos dias, vi um quiosque de venda de papinhas prontas lotado de mamães comprando para seus filhos.
Isso nos dias de hoje.
Há 24 anos atrás, ir ao shopping, com duas crianças de 4 meses era o equivalente a um passeio pelo inferno.
para uma voltinha de meia hora, levávamos dois carrinhos - não , eu não tinha o tal carrinho de gêmeos porque não cabia no porta malas do carro - e uma maleta gigante com fraldas, mamadeiras, água, suco, pomada, quatro trocas de roupas, paninho de boca, dois brinquedinhos, oito chupetas e uma escova de cabelo.
Como pai de primeira viagem, meu marido entrava em desespero se algum imprevisto aparecia e para ele, imprevisto, era uma troca de fraldas que tinha que ser feita no meio do corredor do shopping ou na bancada da pia do banheiro de mulheres.
Foram alguns meses de muito desespero não poder sair com as crianças sem levar metade da casa junto e sem ter que voltar correndo porque as trocas de roupa acabaram.
Mas, eventualmente, nos acostumamos com o desconforto e nos adaptamos aos jeito e às necessidades das meninas de tal maneira que se tornou rotina sair de casa com o porta malas abastecido para uma guerra nuclear.
Amigos e parentes se assustavam ao ver nosso arsenal de guerra mas, carregar tudo aquilo conosco, nos dava uma tranquilidade imensa e tornava nossos passeios bem mais agradáveis.
Na verdade, não existe uma fórmula mágica que nos ensine os truques e macetes para um passeio ao shopping com nossas crianças, cada mamãe precisa encontrar seu ponto de equilíbrio, sua zona de conforto para impedir que este simples passeio se torne uma voltinha pelo inferno.
Agradeço se você ler e deixar seu comentário, independente dele ser ou não publicado.
E se você, que é mãe - de primeira viagem ou de muitas - puder aproveitar uma linha que seja das minhas palavras, ficarei muito feliz.
Nos dias de hoje, você chega a um shopping center e encontra logo de cara lindos carrinhos de bebê que podem ser alugados ou emprestados, banheiros com trocadores, brinquedos eletrônicos para as crianças pequenas, fraldários com cadeiras para amamentação e microondas para esquentar papinhas. Há poucos dias, vi um quiosque de venda de papinhas prontas lotado de mamães comprando para seus filhos.
Isso nos dias de hoje.
Há 24 anos atrás, ir ao shopping, com duas crianças de 4 meses era o equivalente a um passeio pelo inferno.
para uma voltinha de meia hora, levávamos dois carrinhos - não , eu não tinha o tal carrinho de gêmeos porque não cabia no porta malas do carro - e uma maleta gigante com fraldas, mamadeiras, água, suco, pomada, quatro trocas de roupas, paninho de boca, dois brinquedinhos, oito chupetas e uma escova de cabelo.
Como pai de primeira viagem, meu marido entrava em desespero se algum imprevisto aparecia e para ele, imprevisto, era uma troca de fraldas que tinha que ser feita no meio do corredor do shopping ou na bancada da pia do banheiro de mulheres.
Foram alguns meses de muito desespero não poder sair com as crianças sem levar metade da casa junto e sem ter que voltar correndo porque as trocas de roupa acabaram.
Mas, eventualmente, nos acostumamos com o desconforto e nos adaptamos aos jeito e às necessidades das meninas de tal maneira que se tornou rotina sair de casa com o porta malas abastecido para uma guerra nuclear.
Amigos e parentes se assustavam ao ver nosso arsenal de guerra mas, carregar tudo aquilo conosco, nos dava uma tranquilidade imensa e tornava nossos passeios bem mais agradáveis.
Na verdade, não existe uma fórmula mágica que nos ensine os truques e macetes para um passeio ao shopping com nossas crianças, cada mamãe precisa encontrar seu ponto de equilíbrio, sua zona de conforto para impedir que este simples passeio se torne uma voltinha pelo inferno.
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quarta-feira, 2 de dezembro de 2015
O que eu aprendi sendo mãe - Dia 2 - Ossos quebram mas consertam
Lembrando aos leitores que os comentários serão moderados, como sempre e me dou o direito de decidir o que será publicado porque afinal, o blog ainda é meu.
Agradeço se você ler e deixar seu comentário, independente dele ser ou não publicado.
E se você, que é mãe - de primeira viagem ou de muitas - puder aproveitar uma linha que seja das minhas palavras, ficarei muito feliz.
É uma sensação horrível ver sua criança machucada.
E acontece em uma fração de segundos, uma piscada de olho e pronto, o dedinho da mão é esmagado na dobradiça da porta, a perna se quebra com o empurrão de outra criança, a testa encontra a quina do degrau depois de um tropeção.
E começa o desespero, a sensação de que sua filha nunca mais ficará boa e a culpa por não ter sido mais cuidadosa, mais atenciosa.
Foram tantas visitas ao ortopedista que perdemos a conta.
Mas eu descobri que podemos fixar ossos quebrados. E que podemos mostrar para elas que estamos lá para cuidar e amar e ajudar na cura.
E que elas não sofrem tanto quanto nós porque para elas, um osso quebrado é, na verdade um aprendizado.
Sim, as quedas, os ossos quebrados, ensinam a elas muito mais do que poderíamos ensinar apenas com palavras.
Elas aprendem que cair dói muito, que a cura, exige cuidados, exige remédios amargos mas que ela sempre vem. e, com a cura, vem também a lição, o aprendizado e a certeza de que, se os frágeis ossos do corpo de uma criança podem ser consertados, tudo na vida também pode ser.
E eu, bem, eu aprendi a lidar com a culpa, ou melhor, com a falta dela porque eu nunca me culpei nem culpei ninguém pelos acidentes que elas sofreram na infância.
Eu sempre considerei os acidentes como um teste para a minha capacidade de me perdoar por não ser perfeita, por não ser infalível.
Eu sempre soube que eu não poderia ser a mãe perfeita para elas mas que eu faria de tudo para ser a melhor mãe que elas poderiam ter.
Agradeço se você ler e deixar seu comentário, independente dele ser ou não publicado.
E se você, que é mãe - de primeira viagem ou de muitas - puder aproveitar uma linha que seja das minhas palavras, ficarei muito feliz.
E acontece em uma fração de segundos, uma piscada de olho e pronto, o dedinho da mão é esmagado na dobradiça da porta, a perna se quebra com o empurrão de outra criança, a testa encontra a quina do degrau depois de um tropeção.
E começa o desespero, a sensação de que sua filha nunca mais ficará boa e a culpa por não ter sido mais cuidadosa, mais atenciosa.
Foram tantas visitas ao ortopedista que perdemos a conta.
Mas eu descobri que podemos fixar ossos quebrados. E que podemos mostrar para elas que estamos lá para cuidar e amar e ajudar na cura.
E que elas não sofrem tanto quanto nós porque para elas, um osso quebrado é, na verdade um aprendizado.
Sim, as quedas, os ossos quebrados, ensinam a elas muito mais do que poderíamos ensinar apenas com palavras.
Elas aprendem que cair dói muito, que a cura, exige cuidados, exige remédios amargos mas que ela sempre vem. e, com a cura, vem também a lição, o aprendizado e a certeza de que, se os frágeis ossos do corpo de uma criança podem ser consertados, tudo na vida também pode ser.
E eu, bem, eu aprendi a lidar com a culpa, ou melhor, com a falta dela porque eu nunca me culpei nem culpei ninguém pelos acidentes que elas sofreram na infância.
Eu sempre considerei os acidentes como um teste para a minha capacidade de me perdoar por não ser perfeita, por não ser infalível.
Eu sempre soube que eu não poderia ser a mãe perfeita para elas mas que eu faria de tudo para ser a melhor mãe que elas poderiam ter.
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Dia 2
terça-feira, 1 de dezembro de 2015
O que eu aprendi sendo mãe - Dia 1 - A gente nasce sendo mãe
Antes de iniciar este mês de postagens, gostaria de deixar claro que não pretendo abrir nenhum debate sobre feminismo, machismo ou qualquer outro ismo que existe.
Portanto, os comentários serão moderados, como sempre e me dou o direito de decidir o que será publicado porque afinal, o blog ainda é meu.
Agradeço se você ler e deixar seu comentário, independente dele ser ou não publicado.
E se você, que é mãe - de primeira viagem ou de muitas - puder aproveitar uma linha que seja das minhas palavras, ficarei muito feliz.
Eu acredito que a maternidade vem inserida no código genético da mulher.
A gente nasce sendo mãe, só não sabe disso, até o momento em que um bebê é colocado em seus braços.
Eu fui mãe aos 12 anos.
Minha irmãzinha chegou e, quando a segurei no colo pela primeira vez, descobri o sentido da expressão "amor à primeira vista".
Não há sentimento mais completo do que o desejo de proteger e amar aquela criaturinha que só sabe chorar, mamar, dormir e sujar toneladas de fraldas.
Com a minha irmã, passei por todas as etapas de ser mãe ao lado de nossa mãe e tive todas as maravilhosas experiências de ser irmã mais velha, confidente, conselheira e melhor amiga. Foi a melhor experiência de minha vida e me preparou mais ainda para ser mãe das duas mulheres mais espetaculares do mundo.
E é sobre elas, minhas filhas e minha experiência com a criação delas, que eu vou falar nesta série de posts que serão publicados em dezembro.
Samanta chegou ao mundo no dia 20 de fevereiro de 1991 às 4h12m da madrugada.
Bruna veio logo atrás, às 4h14m.
Saudáveis e perfeitas, elas chegaram e viraram meu mundo de cabeça para baixo.
Se um bebê dá trabalho, imaginem dois, com horários diferentes, com hábitos diferentes. Sim, vamos acabar com o mito de que gêmeos fazem tudo do mesmo jeito, as meninas sempre tiveram personalidades bem definidas.
E elas deram trabalho, muito trabalho. Não dormiam e não se alimentavam direito e ,de repente, toda a família era expert em cuidar de bebês e queria me dar conselhos e dicas de como criar minhas filhas.
Mas, como eu disse, ser mãe está no DNA da gente e, mesmo que algumas dicas e conselhos tenham sido úteis, eu sempre soube que elas eram minha responsabilidade e, instintivamente, sempre soube o que fazer, mesmo quando tudo parecia ter virado do avesso.
Foram anos de sustos e alegrias, de sorrisos e lágrimas,de momentos desespero e de orgulho, de medo e de coragem.
Mas passou.
Hoje, tenho duas mulheres lindas, poderosas e incrivelmente carinhosas em casa.
E eu sei que os conselhos, as ajudas, os livros, as dicas dos pediatras foram muito importantes mas eu tenho certeza de que o maior mérito da criação delas estava no meu DNA de mãe.
Porque tem coisas que só mãe sabe fazer, que só mãe sabe falar, que só mãe sabe sentir.
E não existe explicação lógica para um amor que não cabe dentro de você.
Portanto, os comentários serão moderados, como sempre e me dou o direito de decidir o que será publicado porque afinal, o blog ainda é meu.
Agradeço se você ler e deixar seu comentário, independente dele ser ou não publicado.
E se você, que é mãe - de primeira viagem ou de muitas - puder aproveitar uma linha que seja das minhas palavras, ficarei muito feliz.
Eu acredito que a maternidade vem inserida no código genético da mulher.
A gente nasce sendo mãe, só não sabe disso, até o momento em que um bebê é colocado em seus braços.
Eu fui mãe aos 12 anos.
Minha irmãzinha chegou e, quando a segurei no colo pela primeira vez, descobri o sentido da expressão "amor à primeira vista".
Não há sentimento mais completo do que o desejo de proteger e amar aquela criaturinha que só sabe chorar, mamar, dormir e sujar toneladas de fraldas.
Com a minha irmã, passei por todas as etapas de ser mãe ao lado de nossa mãe e tive todas as maravilhosas experiências de ser irmã mais velha, confidente, conselheira e melhor amiga. Foi a melhor experiência de minha vida e me preparou mais ainda para ser mãe das duas mulheres mais espetaculares do mundo.
E é sobre elas, minhas filhas e minha experiência com a criação delas, que eu vou falar nesta série de posts que serão publicados em dezembro.
Samanta chegou ao mundo no dia 20 de fevereiro de 1991 às 4h12m da madrugada.
Bruna veio logo atrás, às 4h14m.
Saudáveis e perfeitas, elas chegaram e viraram meu mundo de cabeça para baixo.
Se um bebê dá trabalho, imaginem dois, com horários diferentes, com hábitos diferentes. Sim, vamos acabar com o mito de que gêmeos fazem tudo do mesmo jeito, as meninas sempre tiveram personalidades bem definidas.
E elas deram trabalho, muito trabalho. Não dormiam e não se alimentavam direito e ,de repente, toda a família era expert em cuidar de bebês e queria me dar conselhos e dicas de como criar minhas filhas.
Mas, como eu disse, ser mãe está no DNA da gente e, mesmo que algumas dicas e conselhos tenham sido úteis, eu sempre soube que elas eram minha responsabilidade e, instintivamente, sempre soube o que fazer, mesmo quando tudo parecia ter virado do avesso.
Foram anos de sustos e alegrias, de sorrisos e lágrimas,de momentos desespero e de orgulho, de medo e de coragem.
Mas passou.
Hoje, tenho duas mulheres lindas, poderosas e incrivelmente carinhosas em casa.
E eu sei que os conselhos, as ajudas, os livros, as dicas dos pediatras foram muito importantes mas eu tenho certeza de que o maior mérito da criação delas estava no meu DNA de mãe.
Porque tem coisas que só mãe sabe fazer, que só mãe sabe falar, que só mãe sabe sentir.
E não existe explicação lógica para um amor que não cabe dentro de você.
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