Depois que nos tornamos mãe, podemos dar adeus às longas e gostosas noites de sono ininterrupto.
Simples assim, você não vai mais conseguir dormir direito, nunca mais.
No começo, porque bebês tem os horários mais doidos do mundo; e gêmeas tem os horários mais malucos do universo. Então dizemos adeus às noites de sono e aproveitamos aquelas sonecas da tarde que os bebês tiram para dormirmos um pouquinho, juntando forças para os horários em que eles estão acordados.
Com as meninas foi assim, noites e noites sem dormir, amamentando, trocando, ninando, cuidando de cólicas e choros sem explicação.
E, mesmo quando nossos bebês conseguem entrar em um ritmo de sono mais constante, mais tranquilo, nunca mais nos recuperamos destes primeiros tempos e nosso "sentido de aranha" fica em alerta todos os segundos, do dia e da noite.
E assim vamos, por toda a vida, dormindo com um olho fechado e outro aberto, pensando nos horrores que acontecem em um quarto de criança quando fechamos os olhos para dormir e pulando da cama ao menor ruído ou gemido vindo do outro cômodo da casa.
E quando finalmente elas crescem nós, ingênuas mamães, acreditamos que poderemos voltar a ter noites tranquilas e serenas, o pesadelo apenas aumenta de tamanho.
E começamos nossas maratonas de noites em claro, esperando a porta da sala abrir para podermos nos certificar de que elas estão voltando inteiras e ilesas para casa.
E então percebemos que, dormir é um privilégio que mãe perde no momento em que o primeiro choro de seu bebê chega aos seus ouvidos.
Mas eu não trocaria as minhas noites em claro, cuidando e me preocupando com elas, nem pelo mais gostoso dos sonos.
Nenhum comentário:
Postar um comentário