Agradeço se você ler e deixar seu comentário, independente dele ser ou não publicado.
E se você, que é mãe - de primeira viagem ou de muitas - puder aproveitar uma linha que seja das minhas palavras, ficarei muito feliz.
E acontece em uma fração de segundos, uma piscada de olho e pronto, o dedinho da mão é esmagado na dobradiça da porta, a perna se quebra com o empurrão de outra criança, a testa encontra a quina do degrau depois de um tropeção.
E começa o desespero, a sensação de que sua filha nunca mais ficará boa e a culpa por não ter sido mais cuidadosa, mais atenciosa.
Foram tantas visitas ao ortopedista que perdemos a conta.
Mas eu descobri que podemos fixar ossos quebrados. E que podemos mostrar para elas que estamos lá para cuidar e amar e ajudar na cura.
E que elas não sofrem tanto quanto nós porque para elas, um osso quebrado é, na verdade um aprendizado.
Sim, as quedas, os ossos quebrados, ensinam a elas muito mais do que poderíamos ensinar apenas com palavras.
Elas aprendem que cair dói muito, que a cura, exige cuidados, exige remédios amargos mas que ela sempre vem. e, com a cura, vem também a lição, o aprendizado e a certeza de que, se os frágeis ossos do corpo de uma criança podem ser consertados, tudo na vida também pode ser.
E eu, bem, eu aprendi a lidar com a culpa, ou melhor, com a falta dela porque eu nunca me culpei nem culpei ninguém pelos acidentes que elas sofreram na infância.
Eu sempre considerei os acidentes como um teste para a minha capacidade de me perdoar por não ser perfeita, por não ser infalível.
Eu sempre soube que eu não poderia ser a mãe perfeita para elas mas que eu faria de tudo para ser a melhor mãe que elas poderiam ter.
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