sábado, 5 de dezembro de 2015

O que eu aprendi sendo mãe - Dia 5 - Você nunca rezou tanto na sua vida

Eu sempre fui uma pessoa religiosa.
Daquelas de frequentar a missa toda semana, participar do grupo de jovens e, mais tarde, da pastoral da família, ministrando cursos de noivos e de batismo.
E eu sempre tive o hábito de agradecer muito em minhas orações e pouco pedir. Porque eu sempre acreditei que as bençãos virão no seu tempo e que devemos agradecer pelas que já recebemos.
Isso é algo meu, cada um tem seu jeito e seus hábitos na hora de rezar e eu respeito todos,sem distinção.

Mas, justamente por ter pouco costume de pedir algo a Deus, eu me vi em um apuro grande depois que as meninas nasceram.
Claro que a primeira oração que fiz foi de agradecimento pela vinda delas.
E é óbvio que durante a gravidez eu pedi a Deus que nos protegesse.
Mas eu me surpreendi com a intensidade da minha oração de súplica todas as vezes que eu olhava para aquelas criaturinhas indefesas que tinham sido colocadas sob a minha proteção.
Como protegê-las se eu não tinha poderes para amenizar uma simples cólica ou uma catapora ou um dedo esmagado na porta ou ma cabeça rachada em uma quina?
O que me restava era a oração. Rezar e pedir pela proteção das meninas.
E eu nunca rezei tanto na minha vida, nunca pedi tanto. Não, na verdade, nunca exigi tanto de Deus e dos anjos da guarda das meninas.

Se você é mãe, vai entender o que eu passei porque você provavelmente passa por isso.
E não pensem vocês que as coisas melhoram quando nossos bebês crescem.
Minhas exigências com Deus e Seus Anjos foram aumentando cada vez mais à medida que elas passaram a ir à pé para a escola, arrumaram namorados, ganharam seus carros, foram para a faculdade,para festas, baladas e viagens com as amigas.

Porque somos apenas mães, apenas humanas e não podemos estar o tempo todo protegendo nossas crias com nossos corpos como gostaríamos de fazer.
Não podemos protegê-los também das decepções, das traições, dos falsos amigos, dos maus tratos e de suas tristezas e angústias.
Podemos aconselhar, abraçar, chorar e sorrir com eles.
E rezar, sempre.
Você nunca rezou tanto em sua vida como rezará depois que se tornar mãe.
E não importa a idade de seus filhos, você sempre continuará pedindo por eles.

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