E foi e primeira de muitas coisas que me disseram que eu ignorei solenemente.
Porque segurar as minhas filhas no colo era a maior alegria que eu tinha quando elas eram pequenas.
Amamentar, dar mamadeira, fazer dormir, tudo era no colo.
Aos seis meses, elas dormiam ao som de Guns'n Roses enquanto eu dançava pela sala embalando-as nos braços. Uma de cada vez, claro.
Minha coluna e meu nervo ciático sofreram com isso mas eu não me arrependo de nenhum segundo que passamos abraçadas, aninhadas uma à outra.
Até pouco tempo, elas ainda costumavam sentar-se no meu colo, por alguns segundos apenas porque elas são maiores do que eu.
Nessas horas, batia uma saudade doída de quando eu podia protegê-las de tudo e de todos com o meu corpo.
E ainda hoje essa saudade vem, de tempos em tempos, acompanhada da vontade imensa de abraçá-las e não soltar mais.
Mas meu colo fica vazio.
Por isso, mamães, não deixem que o cansaço, o nervosismo, a impaciência ou os conselhos sábios de médicos e psicólogos as privem deste prazer.
Segurem seus bebês no colo o tempo todo.
Que eles fiquem mimados, chatos e enjoados.
Vai passar.
Eles vão crescer.
E você vai sentir muita falta, muita falta mesmo.
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