Família a gente não escolhe, já sabemos disso.
Independente de todos os problemas, brigas e encrencas que acompanham o "pacote família" na vida de todas as pessoas, inclusive na minha, eu posso dizer sem demagogia nenhuma que eu amo a minha família.
Meus tios e meus primos sempre foram uma presença constante em minha vida. A correria absurda dos tempos modernos nos impede de estarmos juntos tanto quanto eu gostaria mas isso em nada diminui o amor e carinho que tenho por cada um deles.
Nas lembranças de meus tempos de criança, eles estão sempre presentes : vovó sempre feliz com a presença dos netos barulhentos em sua casa; vovô sempre reclamando da correria pela casa; meu pai e meus tios sempre discutindo em altos brados sobre algum assunto sem importância nenhuma, minha mãe e minhas tias fofocando e ajeitando a comida na cozinha e eu e meus primos literalmente derrubando a casa.
Lembranças que me aquecem o coração como meu tio Zezinho que já não está mais entre nós mas cujo abraço carinhoso eu posso sentir apenas fechando os olhos. Lembranças que me fazem rir como quando eu e minha prima pulamos a janela da casa da minha tia para fugir de uma surra que nosso primo ameaçava nos dar.
Lembranças que trazem ternura como o dia em que conheci uma garotinha de 14 anos, tímida e magrela que se tornaria 4 anos depois, uma prima tão amada.
Lembranças como as férias passadas em Londrina com minhas primas,
Como os passeios na Caravan do meu tio pelas ruas de São Paulo, os jantares barulhentos no Ponteio, os "rachas" na Marginal - bem antes dos radares e dos carros que chegam a 200 Km/h - durante as madrugadas, as noites passadas em minha sala de estar, discutindo Deus e o sentido da vida.
Como os passeios na Caravan do meu tio pelas ruas de São Paulo, os jantares barulhentos no Ponteio, os "rachas" na Marginal - bem antes dos radares e dos carros que chegam a 200 Km/h - durante as madrugadas, as noites passadas em minha sala de estar, discutindo Deus e o sentido da vida.
E, se hoje, não conseguimos mais reunir todos juntos em alguma casa ou em algum lugar, ainda temos uns pelos outros, aquele amor que nasce no meio das brincadeiras, do companheirismo e que não termina apenas porque estamos distantes.
Tios e tias, primos e primas, cunhadas, cunhado, vovó...são títulos que damos àqueles que fazem parte de nossa família mas que significam todos, uma única palavra : amor.
Um amor que não se deixa vencer por pequenas coisas como a distância ou o tempo.
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