terça-feira, 18 de junho de 2013

Um livro por dia - #18 - A Sombra do Vento


A Sombra do Vento - Carlos Ruiz Zafón


Conheci este escritor através de uma querida amiga que me presenteou com A Sombra do Vento quando nos preparávamos para viajar juntas para Brasília.

Eu vinha de uma leva de autores norte americanos e livros em inglês e, por alguma razão, a leitura de um livro em português, traduzido do espanhol, tornou-se uma experiência marcante para mim.

Primeiro porque era uma história sobre livros, algo que eu amo de paixão.

Cresci no meio de livros, fazendo amigos invisíveis em páginas que se desfaziam em pó cujo cheiro ainda conservo nas mãos.

Segundo porque a aventura se passava em Barcelona, uma cidade que eu sempre amei e que fazia pouco tempo, eu visitara e havia voltado de lá encantada com o lugar.

E, mesmo com o ritmo por vezes confuso que o autor imprimiu à história de Daniel e sua obsessão por um escritor há muito esquecido, eu me descobri apaixonada pela narrativa, acompanhando os passos de Daniel pelas ruas do bairro gótico de Barcelona, pela Rambla, pelo Tibidabo, preocupada com o destino terrível que poderia se abater sobre o protagonista desta história fantástica, onde um livro, ocupava um dos papéis principais.

Para mim aquelas páginas enfeitiçadas serão sempre as que encontrei entre os corredores do Cemitério dos livros esquecidos.

E talvez seja por isso que eu me identifiquei tanto com Daniel, o jovem obcecado por um escritor e sua obra que, na iminência de ser destruída, encontra em um jovem determinado, a força para continuar existindo. 

Todos os livros possuem alma. A alma de quem o escreveu, e a alma dos que o leram, que viveram e sonharam com ele.



Nota - a série de posts Um livro por dia não tem a intenção de publicar críticas ou resenhas úteis ou mesmo interessantes. São sentimentos e sensações que aconteceram durante a leitura dos livros e que se transformaram em palavras. Se não fizerem sentido nenhum, por favor, não tente fazer com que tenham.

Um comentário:

Anônimo disse...

Que bom saber que gostou do livro...apesar daquela carta!
;)
Melhor ainda é encontrá-la dando asas (ou devo dizer "letras") à sua criatividade e emoção, falando de livros e deixando por escrito o que pensa e sente.
Parabéns, minha cara.

Da sua antiga parceira de aventuras literárias.