A Luneta Mágica - Joaquim Manoel de Macedo
Quando adolescente, eu sempre achei a escrita de Joaquim Manoel de Macedo de um romantismo enjoativo e exagerado.
E isso vindo de uma pessoa romântica e chorona a níveis enjoativos.
Eu lia os barrocos, os modernistas, os realistas e os românticos exigidos pela escola e aproveitava o "embalo" e lia outras obras destes autores como toda boa "traça de livros" que não se contentava em ler apenas o que os professores achavam necessário.
E eu não gostei do famoso e tão comentado A Moreninha mas em compensação, adorei A Luneta Mágica.
Simplício e suas miopias física e moral me interessaram muito mais do que as descrições bonitinhas da paisagem da Ilha de Paquetá e, com sua história sobre as lunetas mágicas, um toque de fantasia e ficção em um romance romântico (sim, redundância, eu sei) Joaquim "Diabético" de Macedo conseguiu subir no meu conceito.
É interessante notar como alguns trechos da história são atemporais, podendo servir tanto para o tempo em que foi escrita como para os dias de hoje, com destaque especial para o capítulo XXXIX onde Simplício tenta analisar um rato sob a lente da visão do mal.
Na época em que li este livro, as lunetas que deram a Simplício o poder de enxergar o bem e o mal nas pessoas me deixaram intrigada.
E perceber que, em cada um de nós, existem essas duas naturezas e que depende de nós permitir que uma delas venha à superfície, me deixou assustada.
Mas, no final, ao descobrir que, o que deve prevalecer é mesmo o bom senso de cada um, fiquei mais aliviada.
Porque nem todos podem ter a oportunidade que Simplício teve de enxergar o bem e o mal das pessoas (e alguns animais) separados, um do outro mas todos nós temos em nós a opção de escolher sempre um meio termo entre ser bons ou ser maus.
Isso se chama Bom Senso.
É interessante notar como alguns trechos da história são atemporais, podendo servir tanto para o tempo em que foi escrita como para os dias de hoje, com destaque especial para o capítulo XXXIX onde Simplício tenta analisar um rato sob a lente da visão do mal.
Na época em que li este livro, as lunetas que deram a Simplício o poder de enxergar o bem e o mal nas pessoas me deixaram intrigada.
E perceber que, em cada um de nós, existem essas duas naturezas e que depende de nós permitir que uma delas venha à superfície, me deixou assustada.
Mas, no final, ao descobrir que, o que deve prevalecer é mesmo o bom senso de cada um, fiquei mais aliviada.
Porque nem todos podem ter a oportunidade que Simplício teve de enxergar o bem e o mal das pessoas (e alguns animais) separados, um do outro mas todos nós temos em nós a opção de escolher sempre um meio termo entre ser bons ou ser maus.
Isso se chama Bom Senso.
E já lá vai um mês... um mês inteiro de visão do bom senso.
Sinto desejo veemente de referir o que tenho observado; mas estou preso pelo dever de gratidão e pela religião do juramento, que me impõe silêncio.
Quantas lunetas do bom senso terá o armênio preparado magicamente para o armazém do Reis? E este a quantos amigos as terá confiado?...
Não posso compreender estas cerimônias e escrúpulos do meu amigo Reis
Tais escrúpulos são até antipatrióticos.
Se o Reis quer teimar no seu prejudicialíssimo sigilo, deve ao menos, e embora muito em segredo, oferecer sete lunetas mágicas com a visão do bom senso para uso dos membros do ministério e do governo do Brasil.
Não posso falar, não posso escrever, não posso dizer o que a visão do bom senso me está ensinando há um mês.
Quando o meu amigo Reis me desligar do juramento que fiz, escreverei o livro da- visão do Bom Senso.
Mas até lá... segredo.
Nota - a série de posts Um livro por dia não tem a intenção de publicar críticas ou resenhas úteis ou mesmo interessantes. São sentimentos e sensações que aconteceram durante a leitura dos livros e que se transformaram em palavras. Se não fizerem sentido nenhum, por favor, não tente fazer com que tenham.
Nota - a série de posts Um livro por dia não tem a intenção de publicar críticas ou resenhas úteis ou mesmo interessantes. São sentimentos e sensações que aconteceram durante a leitura dos livros e que se transformaram em palavras. Se não fizerem sentido nenhum, por favor, não tente fazer com que tenham.
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