quarta-feira, 19 de junho de 2013

Um livro por dia - #19 - O Senhor dos Anéis


O Senhor dos Anéis - J.R.R.Tolkien


Eu só decidi ler A Sociedade do Anel quando soube que o longa-metragem seria filmado.

E posso dizer sem sombra de dúvida que me arrependi muito.

Sim, eu me arrependi por não ter lido Tolkien antes daquele dia.

O livro foi devorado em menos de dois dias - depois é claro de um momento de revolta durante a cena na floresta com Tom Bombadil - e minha paixão pelos hobbits foi instantânea.

Eu li compulsivamente o segundo e o terceiro livros porque precisava compensar o tempo perdido sem J.R.R.Tolkien em minha vida.

E me apaixonei por seus personagens.

Samwise Gamgi me conquistou por sua lealdade e seu amor por Frodo.

E eu amei Gimli e Legolas com sua rivalidade natural evoluindo pouco a pouco para uma amizade eterna.

Amei Aragorn por sua nobreza de caráter, por sua coragem e, acima de tudo por viver um amor épico, digno de um conto de fadas.

A missão determinada por Elrond para os 9 amigos me consumiu e eu queria que eles conseguissem chegar logo para destruir de uma vez por todas o anel.

Estranhei um personagem como Boromir morrer assim "logo de cara". Foi nobre e bonito mas eu queria um pouco mais dele na história.

O segundo livro, As Duas Torres foi mais empolgante, e lido em apenas um dia.

Boromir foi esquecido rapidinho com a entrada dos Rorrihim, Gríma língua-de-cobra e mais uma tonelada de seres, homens e orcs.

Mesmo com os novos personagens sendo apresentados, meu foco era totalmente nos hobbits e no resto da Sociedade que ia se dilacerando, o que me deixou muito angustiada mas a narrativa de Tolkien me prendia às páginas, desejando terminar o livro para ver o que ia acontecer no desfecho desta história.

Legolas e Gimli competindo para ver quem conseguia matar mais orcs, foi o melhor momento da Batalha no Abismo de Helm.

E em O Retorno do Rei, a sensação mais marcante em mim foi novamente a lealdade sem limites de Sam, que se oferece para levar Frodo nas costas até seu destino. 

Em meio a tantos acontecimentos importantes, missões, batalhas e decisões, para mim, Sam é o personagem mais importante de toda história. 

É ele quem se mantém fiel às suas convicções até o fim, é ele quem, no final, conduz o Um Anel à destruição e é ele quem leva os hobbits a salvar seu precioso Condado das mãos de Saruman e restaura sua glória.

E quando eu pensava que a história tinha chegado ao fim, a melhor e maior surpresa chegou na forma dos apêndices que me deixaram literalmente de queixo caído.

E eu amei Tolkien por ser tão detalhista, tão perfeccionista a ponto de deixar o melhor para o final, para os pequenos (?) textos jogados no final do livro, textos que geralmente nem são lidos pelos mais impacientes.

Textos que me cativaram e me fizeram amar ainda mais o universo fantástico criado por alguém que eu considero um gênio desde o dia em que meus olhos foram atraídos pelas primeiras palavras de seu livro :

"Quando o Sr. Bilbo Bolseiro anunciou que..."

E a partir daí, eu não consegui mais parar de ler.



(…) Quanto mais avançarem, mais difícil será recuar; apesar disso não lhes é impingido qualquer juramento ou compromisso de continuar além do que estiverem dispostos. Pois vocês ainda não conhecem a força dos próprios corações, e não podem prever o que cada um encontrará na estrada.
A Sociedade do Anel

"Lutamos muito abaixo da terra vivente , onde não se conta o tempo. Ele sempre me agarrava e eu sempre o derrubava até que finalmente ele fugiu para dentro de túneis escuros. Estes não foram feitos pelo povo de Durin, Gimli, Filho de Glóin. Muito, muito abaixo das escavações dos anões, o mundo é corroído por seres sem nome. Nem mesmo Sauron os conhece. São mais velhos que ele. Agora, eu andei por lá, mas não farei nenhum relato para escurecer a luz do dia. "
As Duas Torres

Não vou pedir que não chorem, pois nem todas as lagrimas são um mal.
O Retorno do Rei


Nota - a série de posts Um livro por dia não tem a intenção de publicar críticas ou resenhas úteis ou mesmo interessantes. São sentimentos e sensações que aconteceram durante a leitura dos livros e que se transformaram em palavras. Se não fizerem sentido nenhum, por favor, não tente fazer com que tenham.

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