Dom Casmurro - Machado de Assis
Apesar de ser um dos livros de leitura obrigatória para o vestibular na época, confesso que gostava muito do autores românticos e dos realistas.
Mas Dom Casmurro é um livro que me marcou negativamente naquela época.
Eu nunca soube explicar muito bem o que me incomodava naquela leitura mas, havia algo que, definitivamente, me incomodava.
E leitura foi fácil e rápida como todos os livros e a temida "prova do livro" me presenteou com um "A" por parte da professora de literatura mais incrível que eu tive em minha vida.
E, somente muitos anos depois, ao reler a obra, eu pude perceber que, o que me incomodou em Dom Casmurro, foi justamente Bentinho, protagonista e suposto corno da história.
O tom ciumento e acusador do personagem, sua insistência em enxergar o adultério, em duvidar da mulher que fez tudo para estar ao seu lado revoltaram meu lado humanitário, aquele que defende os fracos e oprimidos mesmo quando o assunto não é da minha conta.
Obviamente, a genialidade de Machado de Assis está justamente em deixar o leitor dividido entre acreditar ou não na inocência de Capitu, com sutilezas dignas de um grande escritor.
Mas, nem mesmo Machado de Assis e toda sua genialidade, jamais conseguiram me fazer gostar ou mesmo simpatizar com o infeliz Bentinho que, em minha humilde opinião, de tão chato que era, merecia ter sua testa enfeitada pela esposa e seu melhor amigo.
O tom ciumento e acusador do personagem, sua insistência em enxergar o adultério, em duvidar da mulher que fez tudo para estar ao seu lado revoltaram meu lado humanitário, aquele que defende os fracos e oprimidos mesmo quando o assunto não é da minha conta.
Obviamente, a genialidade de Machado de Assis está justamente em deixar o leitor dividido entre acreditar ou não na inocência de Capitu, com sutilezas dignas de um grande escritor.
Mas, nem mesmo Machado de Assis e toda sua genialidade, jamais conseguiram me fazer gostar ou mesmo simpatizar com o infeliz Bentinho que, em minha humilde opinião, de tão chato que era, merecia ter sua testa enfeitada pela esposa e seu melhor amigo.
A confusão era geral. No meio dela, Capitu olhou alguns instantes para o cadáver tão fixa, tão apaixonadamente fixa, que não admira lhe saltassem algumas lágrimas poucas e caladas...”
Nota - a série de posts Um livro por dia não tem a intenção de publicar críticas ou resenhas úteis ou mesmo interessantes. São sentimentos e sensações que aconteceram durante a leitura dos livros e que se transformaram em palavras. Se não fizerem sentido nenhum, por favor, não tente fazer com que tenham.
Um comentário:
Tia,
Sempre vi o Bentinho como um ciumento possessivo, mas com um fundinho de razão.
Mas cada pessoa tem uma percepção. Esse é o grande barato dos livros do Machado de Assis!
Postar um comentário