Cem Anos de Solidão - Gabriel Garcia Marques
Durante anos, foi meu livro de cabeceira.
E durante anos eu não me cansei de reler suas páginas.
A história da família Buendía se enraizou em minha alma de criança e eu relia entre impressionada e apaixonada as páginas que contavam tantas tristezas, tantas tragédias, tantas vidas que passaram sem sentido nenhum no pequeno povoado de Macondo.
Quando dei por mim, eu já era adulta e este livro continuou a me entristecer e, mais do que nunca, mereceu seu lugar na minha cabeceira sendo relido pouco a pouco todas as noites.
Foi difícil substituí-lo em meu coração e, ainda hoje, a lembrança de Amaranta, de Úrsula e de Aureliano Buendía deixam meus dedos formigando com a vontade de abrir mais uma vez o volume já tão manuseado e começar novamente desde a primeira página até a última e fatal frase, que sela o destino de uma família amaldiçoada pela solidão.
Eu ainda amo, cada página deste livro e me emociono com cada vida perdida, vivida sem sentido em uma cidade que só tinha para oferecer dor e solidão.
Muitos anos depois, diante do pelotão de fuzilamento, o Coronel Aureliano Buendía havia de recordar aquela tarde remota em que seu pai o levou para conhecer o gelo.
Nota - a série de posts Um livro por dia não tem a intenção de publicar críticas ou resenhas úteis ou mesmo interessantes. São sentimentos e sensações que aconteceram durante a leitura dos livros e que se transformaram em palavras. Se não fizerem sentido nenhum, por favor, não tente fazer com que tenham.
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